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Reguengos de Monsaraz reclama o título de "Capital dos Vinhos de Portugal"
Município regista marca territorial. A pensar em Portugal e no estrangeiro.

Dois anos depois de ter sido nomeada e um ano após ter ostentado o título de "Cidade Europeia do Vinho", Reguengos de Monsaraz prepara-se para galgar fronteiras com uma marca criada na sequência do evento que projectou a região.

"A consequência lógica da Cidade Europeia do Vinho foi o registo da marca territorial ‘Capital dos Vinhos de Portugal'", assegura à Renascença, o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz.

Reguengos de Monsaraz é a maior das oito sub-regiões vitivinícolas do Alentejo, região que produz 42% dos vinhos engarrafados em Portugal. Reguengos representa um terço desse valor, com 30 milhões de litros de vinho por ano.

"[Com esta marca] Pretendemos divulgar cerca de uma dezena de produtores que temos no concelho e que no conjunto produzem mais de 30 milhões de litros de vinho por ano, o que revela bem a aposta nesta estratégia de desenvolvimento assente no vinho e que bebeu muito da sua notoriedade através do ‘selo' de Cidade Europeia do Vinho", assegura José Calixto.

O também presidente da Rede Europeia das Cidades do Vinho (Recevin) revela que a intenção é "activar uma marca que seja ‘marca chapéu' para todos os produtores de vinhos e identificá-los, à partida, com essa marca territorial" para que possam participar com esse estatuto, por exemplo, "em feiras internacionais, sempre como produtores da Capital dos Vinhos de Portugal sem que percam a sua identidade".

Foi uma decisão ponderada e ambiciosa, reconhece o autarca. "Houve intencionalidade e quisemos registá-la em português e em inglês. O Wine Capital of Portugal é uma marca com uma grande missão", não se pretendendo, afiança José Calixto, "desvalorizar ninguém, mas valorizar-nos a nós".

Recordando que o sector é o "grande motor económico do concelho", o presidente do município de Reguengos fala de "uma ambição em termos de qualidade e em termos de valorização dessa quantidade porque quem tem quase 30 milhões de litros por ano, se tiver uma valorização média no litro, obviamente que tem uma mais-valia financeira muito grande."

"Tivemos uma candidatura que, entre outros aspectos, continha um plano de activação da marca territorial" avança o presidente da Recevin. "Temos um plano de promoção da marca por canais diplomáticos, temos um calendário de participações em feiras internacionais na Europa e na América do Sul, principalmente, e temos uma série de acções de valorização, como um centro de acolhimento e degustação do nosso vinho no centro da cidade."

 

Fonte: Rádio Renascença / Rosário Silva