Diversas adegas cooperativas estão a atravessar uma grave crise. Passivos elevados, dívidas a associados, não conseguem vencer.Por isso, começam a unir-se para fazer fente, no mercado, às estruturas mais fortes.
Enquanto oito dos 20 funcionários da Adega Cooperativa de Alijó cumprem os últimos dias de lay-off, a direcção da instituição vê-se a braços com uma quebra de encomendas na casa dos 40%. É a mesma crise que já encerrou as portas da adega de Sanfins do Douro, que faliu há dois anos. Com algumas dificuldades, também, as de Favaios e de Pegarinhos estudam fundir-se com a de Alijó de forma a ultrapassar um eventual encerramento.
A mesma solução estudam as adegas cooperativas de Vila Verde, Amares, Terras de Bouro e Póvoa de Lanhoso, cujos dirigentes querem fundir-se na Cooperativa Agrícola do Alto Cávado (Cavagri), sediada em Braga. A fusão levará os cerca de 300 cooperantes da adega de Vila Verde a uma união de esforços com a cooperativa bracarense, detentora de um espaço de produção e armazenamento de vinhos, na Confeiteira. A Adega Cooperativa de Braga terá o mesmo destino que a de Vila Verde, sendo eliminada e o seu edifício vendido. Os cooperantes formarão uma nova adega, mais moderna, no actual entreposto de frutas da Ponte do Bico.
Num cenário de falência encontra-se a Adega Cooperativa de Viana do Castelo, que tem um passivo de 700 mil euros. Com 400 associados, a instituição aguarda uma decisão judicial relativa a um pedido de indemnização interposto contra a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, no valor de 1,25 milhões, "por prejuízos causados".
Caso ganhe a acção, a adega "está salva", afiança Bettencourt Lopes, presidente da cooperativa, adiantando que um grupo galego manifestou interesse em participar na viabilização da instituição. Apesar disso, a produção deste ano "deverá ser residual", assinala. De acordo com o presidente da instituição, os credores da cooperativa reuniram-se, recentemente, para apreciar a situação da adega, encontro que teve por base um pedido de insolvência formulado por uma instituição financeira.
"O administrador da insolvência propôs a liquidação, o que viria a ser aprovado", assevera Bettencourt Lopes, esclarecendo, porém, que "nada foi ainda adiantado" quanto à possível rentabilização dos espaços que a cooperativa ocupa, na freguesia de Mujães.
No coração da Região Demarcada do Dão, os associados da Adega Cooperativa de Nelas ficaram a saber, há poucos dias, três coisas: que as vindimas começam na terça-feira e até 5 de Outubro; que não há dinheiro para acabar de pagar os cachos de 2007 e a totalidade de 2008, e que a solução para a crise financeira poderá passar pela formalização de uma parceria com uma entidade privada.
"Temos um milhão de litros nas cubas devido à crise. Enquanto a situação se mantiver, há atrasos no pagamento aos sócios. Uma situação que, infelizmente, não é nova e que esbarra ainda na falta de união no sector", diz Afonso Loureiro, presidente da cooperativa de Nelas, que aposta numa parceria com privados para vencer as dificuldades.
Fonte: JN
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