Tejo
De acordo com as pretensões dos Produtores da Região, e com a publicação da Portaria nº 445/2009, de 27 de Abril, foi reconhecida a Indicação Geográfica Tejo para a produção de vinhos brancos, tintos e vinhos frisantes. Com esta nova Indicação Geográfica pretende-se dar uma nova visibilidade e uma nova dinâmica aos vinhos produzidos na Região, que com o contínuo acréscimo qualitativo têm vindo a ser reconhecidos nacional e internacionalmente.

Situada no Centro de Portugal, a região possui inegáveis condições naturais para o desenvolvimento das actividades agrícolas, florestais e pecuárias. A história da viticultura do Tejo perde-se nos tempos, mas o apogeu do comércio destes vinhos foi sobretudo no século XIII, no fim da sua primeira metade, que só para Inglaterra, chegou a atingir a cifra de quase 30.000 pipas.
A vinha teve ainda um papel preponderante na colonização da Região. Entre 1900 e 1960, a população do continente aumentou cerca de 61% tendo tido na Região, sensivelmente a mesma evolução.

O principal acidente orográfico é a Serra de Aires e Candeeiros, delimitando o que podemos chamar de Médio Tejo e Lezíria do Tejo e em termos hidrográficos o Rio Tejo; o clima desta região é sul-mediterrânico temperado, influenciado pelo rio Tejo que a percorre, com uma queda anual pluviométrica de cerca de 500-600 mm. 

Encontramos nesta Região três zonas distintas de produção, conhecidas como "O CAMPO", "O BAIRRO" e a "CHARNECA".

O CAMPO, com as suas extensas planícies, adjacente ao Rio Tejo, é também conhecido como a LEZÍRIA DO TEJO; está sujeito a inundações periódicas, que se causam alguns transtornos, são também responsáveis pelos elevados índices de fertilidade que aqueles solos de aluvião possuem. É, por excelência a zona dos vinhos brancos, onde a casta Fernão Pires é rainha.

O BAIRRO, situado entre o Vale do Tejo e os contrafortes dos maciços de Porto de Mós, Candeeiros e Montejunto, com solos argilo-calcáreos em ondulados suaves, é a zona ideal para as castas tintas, nomeadamente a Castelão e a Trincadeira.

A CHARNECA, localizada a sul do CAMPO, na margem esquerda do Rio Tejo, apresenta-se com solos arenosos e medianamente férteis, e se por um lado determina rendimentos abaixo da média da Região, por outro lado induz a um afinamento, quer de vinhos brancos, quer de vinhos tintos.