A casta e o ano de colheita no rótulo pretende ser a resposta da UE aos vinhos do Novo Mundo vitivinícola, como a África do Sul ou a Nova Zelândia, dando um novo 'argumento comercial' aos nossos vinhos básicos.
Mas continuam, de qualquer forma, apesar deste suposto upgrade, a destinar-se ao consumidor de baixo preço. O que não significa que o vinho não tenha de ser autêntico. "Não só não há nenhuma prova química ou organoléptica, como o cadastro do IVV não tem indicação das castas para permitir o controlo", adianta.
Outro dos pontos mais 'quentes', é o facto de o projecto prever que possam ser designados outros organismos de aprovação para além das CVR. "Será a primeira vez, em 250 anos, que alguém que não o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto irá certificar, por exemplo, um tinta roriz da Régua, e que as pessoas inevitavelmente associarão à região. É, no mínimo, inusitado que possam ser as entidades certificadoras dos queijos ou dos enchidos a fazê-lo".
Preocupações justas, diz Instituto da Vinha e do Vinho
As preocupações das comissões regionais de viticultura "são justas e legítimas" , diz a vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, e há que "encontrar um ponto de equilíbrio" que garanta, por um lado, a rastreabilidade do produto - de onde é que ele vem - e, por outro, que não se dão informações erróneas ao consumidor. Edite Azenha lembra que a portaria surge no âmbito da OCM dos vinhos e é a forma de a Europa "ir ao encontro do que se faz no Novo Mundo vitivinícola" e o objectivo é que esteja "disponível para a colheita de 2009/2010".
A vice-presidente do IVV reconhece a grande preocupação das comissões de viticultura com a fiabilidade da informação prestada aos consumidores, mas acredita que o "manual de procedimentos" que está a ser preparado e que estará pronto "lá para finais de Outubro, princípios de Novembro" ajudará a dissipar as inquietações.
Quanto à forma de assegurar a rastreabilidade da informação prestada pelos viticultores quanto às castas, Edite Azenha adianta que eles terão de se inscrever junto do Instituto da Vinha e do Vinho "para haver um cruzamento de dados com o cadastro nacional" e, depois, haverá um acompanhamento dos lotes que dizem obter de cada casta e que vão pondo no mercado".
Fonte: Diário de Notícias
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