Fernando Alves, responsável pela Associação de Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID), disse ontem à Agência Lusa que a expectativa de colheita para esta vindima é de cerca de 241 mil pipas, num intervalo de previsão entre as 219 e as 265 mil pipas.
As previsões apontam para uma subida, em relação à estimativa apresentada em 2008, na ordem dos 10 a 14%.
Ana Mota, responsável pela área de vinha da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, no concelho de Sabrosa, disse à Lusa que, neste momento, as perspectivas de vindima "são muito animadoras".
No entanto, referiu que algumas castas, como a Touriga Nacional, a Touriga Franca e o Tinto Cão, foram bastante castigadas na altura de floração, isto porque, choveu nesse período.
Registou-se ainda, segundo acrescentou, cerca de 30% de desavinho (um acidente fisiológico em que não ocorre a transformação das flores em fruto) e bagoinha (um acidente fisiológico em que no mesmo cacho aparecem, além de bagos normais, bagos de dimensões reduzidas, por vezes sem grainha e sem atingirem a maturação).
"Em termos de doenças o ano não está a ser difícil. Tem corrido bem. Até à data só efectuamos dois tratamentos", salientou.
Na vinha da Quinta Nova está a ser feita agora a desponta (corte das varas das videiras para não ensombrar os cachos) e a trituração das ervas infestantes entre os valados.
Mas, até ao início da vindima, em Setembro, os produtores olham com receio para as condições climatéricas, já que a chuva poderá condicionar a quantidade e a qualidade do vinho.
Segundo Fernando Alves, a evolução dos valores previstos vai depender da forma como se comportar o clima até a vindima.
Isto porque, frisou, os dados são recolhidos numa fase ainda precoce do ciclo vegetativo, havendo, por isso, que ter em atenção que a produção real está dependente das condições climatéricas.
O responsável referiu que este ano não se registaram grandes anomalias do ponto de vista climático nem fitossanitário, no entanto, segundo salientou, verifica-se uma menor disponibilidade hídrica no solo o que poderá condicionar o crescimento vegetativo da planta.
Até à data verifica-se uma precipitação acumulada inferior em 25 a 30%à media da região.
No mês de Agosto, a região terá que estar atenta à praga da traça, que poderá influenciar a qualidade dos vinhos.
As previsões da ADVID são efectuadas com base no modelo pólen, recolhido em Maio nas três sub-regiões do Douro: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior.
Esta acção é feita pela ADVID com o apoio do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) e análise laboratorial e estatística da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
A média de produção declarada nos últimos dez anos na Região Demarcada do Douro é de 252 mil pipas. A maior colheita de sempre na Região Demarcada do Douro registou-se em 1990 e foi de 335 mil pipas de vinho.
Fonte: Agroportal
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