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França prova “castas mortas”
Decorreu na semana passada no Conservatório de Castas em Saint-Mont, no sudoeste de França, a primeira ronda de provas de várias “castas mortas”.

A acção reuniu historiadores e ampelógrafos que pretendem descobrir os resultados de várias micro-vinificações realizadas nas colheitas de 2008 e 2009.

O conservatório tem investigado e recuperado várias castas que, apesar de quase desaparecidas, representam um papel importante na história do vinho em França. «Cerca de 10 foram identificadas pela primeira vez e designadas pelo nome do terreno onde foram encontradas», explicou Olivier Bourdet-Pees, director técnico do conservatório. «Outras, como a Ahumat e a Morenoa, apesar de poderem ser identificadas historicamente, acredita-se que estão definitivamente mortas», concluiu o especialista. Com esta pesquisa, os investigadores esperam aumentar a biodiversidade e ajudar investigadores de todo o mundo a identificar as origens de muitas castas internacionais. «Pretendemos manter algumas variedades para fins históricos mas outros têm um potencial real para serem clonadas e plantadas», rematou Bourdet-Pees. No fim-de-semana, estavam ainda 20 variedades por provar.

De acordo com o Conservatório de Castas, mais de 120 tipos de uva não têm nome mas continuaram a ser cultivados em pequenas quantidades nas regiões à volta Saint-Mont e Madiran. As mesmas foram catalogadas pelo historiador Jean-Paul Houbart ao longo de 30 anos.

 

Fonte: Maria João de Almeida / 17 de Setembro de 2010, por Ana Filipa Luzia