"Quando começámos esta promoção há seis anos não vendíamos nada para a China e hoje este mercado representa cerca de 10 por cento das nossas exportações", referiu Jaime Quendera, um dos enólogos da Adega de Pegões, associado da Fenadegas, ao salientar que também o Japão e a Coreia do Sul recebem outros 10 por cento das 12 milhões de garrafas que chegam à Ásia.

Com receitas de 15 a 20 milhões de euros nas exportações, a Fenadegas vende para a Ásia vinho no valor global de 2,5 milhões de euros, mas quer "multiplicar rapidamente" o peso da região nas vendas para o exterior.

"A Ásia tem um potencial muito grande de crescimento, é aqui que podemos encontrar compradores para escoar os nossos produtos e estamos a apostar na promoção e no contacto individual com o mercado", assinalou Jaime Quendera, que falava na Residência Consular de Portugal em Macau, onde decorreu a prova de vinhos.

Com 350 milhões de litros produzidos em 2010 - "cerca de metade da produção nacional" - Jaime Quendera lembra que a aposta em promoções conjuntas "tem um peso significativo para cativar o mercado", porque "em conjunto, as adegas cooperativas apresentam um leque de vinhos muito variado e completo".

"Todos temos a ganhar porque aqui nestas provas conjuntas temos uma gama completa de vinhos e conseguimos atrair a atenção do mercado com mais facilidade", explicou.

Além do mercado asiático, a Fenadegas aposta também no Brasil, Rússia, Índia, Canadá e Estados Unidos em ações que têm, num prazo de três anos, um apoio comunitário de cinco milhões de euros.

"Mas já apresentamos mais um projeto para financiamento da promoção virada agora para o mercado europeu e africano, como Angola", acrescentou.

Pegões, Vercoope, Favaios, Caves Santa Marta, Caves Vale do Rodo, Udaca e Arruda dos Vinhos foram as empresas que participaram em ações de promoção em Xangai, Hong Kong e Macau.

Fonte: Infovini / Lusa