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ITER-VITIS Açores em rota mundial de vinhos
Os Açores acabam de se integrar numa rota mundial de vinhos em parceria com cinco grupos de acção local. A GRATER e a ADELIAÇOR juntaram-se a outras associações de França, Itália e Espanha, através do Projecto de Cooperação Transnacional ITER VITIS para promover o património vitivinícola insular junto de destinos estrangeiros e trazer turistas à região.

Foi assinado anteontem, em França, um protocolo para a integração dos Açores no Projecto de Cooperação Transnacional ITER VITIS que vai criar, através de uma parceria com cinco grupos de acção local (GAL), uma rota de vinhos mundial, a funcionar já no próximo Verão.

A cerimónia decorreu precisamente no Dia Europeu do Enoturismo, em Gaillac, e contou com a adesão da GRATER e da ADELIAÇOR, dos Açores.

De regresso às ilhas, ambos os responsáveis pelas associações dizem-se satisfeitos com a adesão.

Paulo Messias, presidente da direcção da GRATER explicou os objectivos e os parceiros envolvidos. "foi assinado um protocolo entre cinco associações de desenvolvimento local, para criar uma rota de visita à explorações de vinhas, de carácter mundial, em que os visitantes que forem às rotas francesas, logo lá, têm conhecimento das rotas de vinhos do Pico e da Terceira e de todas as outras regiões. De igual forma, quando visitaram a rotas açorianas, terão conhecimento das restantes".

 

Site, passaporte e feira de Milão

A campanha de promoção vai ser feita, não só através da criação de um site para divulgação das rotas que forem promovidas por estas associações, bem como através da criação de passaporte que os visitantes poderão completar ao visitarem todas as explorações das rotas oferecidas. Outra medida, vai para a colocação de sinalética referente ao projecto junto dos pontos de paragem que juntam turismo e enologia. Mas a grande aposta de divulgação acontece, já em Fevereiro, em Milão, como adiantou Paulo Messias: "estas rotas já serão, provavelmente, apresentadas em Fevereiro, na Exposição de Turismo de Milão".

Uma campanha promocional que, para além de vender o destino Açores, quer igualmente fazer vender os produtos açorianos noutros pontos do mundo.

Isso mesmo referiu o responsável pela ADELIAÇOR, José Leonardo Silva, que defende ser preciso melhorar o mercado vitivinícola das ilhas envolvidas neste projecto: "o trabalho que tem de ser feito neste momento é essencialmente - e isto em relação à nossa área de intervenção, mais na ilhas do pico, mas que também abrange todas as outras ilhas ao nível do turismo - que nós consigamos um produto de qualidade para que ele, por seu turno, consiga chegar a novos mercados".

 

Aprender com rotas experientes

Questionado sobre o aumento no fluxo de turistas que esta rota mundial poderá trazer às ilhas açorianas, o presidente da GRATER refere que este valor é "difícil" de prever, mas dá o bom exemplo de França, que pode servir de exemplo para os Açores: "é difícil contabilizarmos. Mas em França falamos num fluxo muito elevado, uma vez que já trabalham nisto há muito anos, tem grandes explorações, e muito bom vinho. As rotas dos vinhos em França estão muito bem exploradas e acabam por trazer uma quantidade muito grande de turistas nesta área".

Além da ADELIAÇOR e da GRATER, dos Açores, são igualmente parceiros deste projecto de cooperação a associação Ouest Tarn, dos pirineús franceses, a Serre Calabresi Alta Locride (Calábria - Itália) e a Etna Valle Dell'Alcantara (Sicília - Itália) e a associação ASODEBI, (Leão - Espanha), além da Associação Internacional das Rotas do Vinho - ITER VITIS, que é composta por instituições de pelo menos 17 países e que criou a Rota Cultural dos Caminhos da Vinha na Europa, entretanto classificada como Itinerário Cultural do Conselho Europeu.

Esta associação tem como principal objectivo a promoção do património agrícola associado à produção de vinho de qualidade, como é o caso do Património da Humanidade da Paisagem Protegida da Cultura da Vinha da Ilha do Pico.

O projecto de cooperação transnacional daqui resultante tem como principais objectivos promover e desenvolver as Regiões Vitivinícolas Demarcadas, através de várias iniciativas, como é o caso da criação de Centros de Interpretação, desenvolvimento de rotas de vinho, entre outras.

 

Fonte: a UNIÃO