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Rendimento agrícola cresce 6,8% em 2010, estima o INE
O rendimento da actividade agrícola em Portugal, por unidade de trabalho, deverá ter crescido este ano 6,8% face a 2009, segundo a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura para 2010 divulgada hoje pelo INE - Instituto Nacional de Estatística.

O INE salienta que, apesar da redução de 0,6% do valor acrescentado bruto, o rendimento de factores deverá ter aumentado 5,7%, uma vez que aumentaram 21% os outros subsídios à produção.

O volume de mão-de-obra agrícola deverá ter continuado a diminuir 1,9%, estimando-se que o volume da produção do ramo agrícola tenha registado um decréscimo de 1,5%, para o que contribuíram a redução de 1,6% da variação da produção vegetal e a redução de 1,4% da produção animal.

Segundo o INE, a redução de produção foi consequência das condições climatéricas desfavoráveis registadas durante o ano agrícola que "condicionaram fortemente" o desenvolvimento dos trabalhos e das culturas, dada a persistência de precipitação ao longo de todo o Inverno e as elevadas temperaturas de Verão.

Em termos nominais, o INE estima que a produção aumente 3,3%, em consequência do crescimento dos preços de base em 4,9%. O Consumo Intermédio (CI) deverá aumentar, em termos nominais, 5%, em resultado do crescimento dos preços (mais 4,6%), uma vez que o volume deverá manter-se praticamente estável.

A produção vegetal deverá registar um acréscimo nominal de 5,6% em 2010, destacando-se os acréscimos em valor nos cereais (mais 19,8%), batata (mais 29,9%) e vinho (mais 11,2%).

Esta variação nominal traduz o efeito da subida quase generalizada dos preços (mais 7,4%), salienta o INE.

As estimativas indicam ainda que a produção animal deverá apresentar valores próximos do ano anterior (menos 0,2% em termos nominais), em consequência da conjugação de um decréscimo em volume (menos 1,4%) e de um aumento dos preços de base (mais 1,3%).

Quanto ao consumo intermédio, o INE estima para 2010 um aumento nominal de 5% do consumo intermédio, em virtude do agravamento dos preços (mais 4,6%), uma vez que o volume se deverá manter estável (mais 0,4%).

 

Fonte: OJE/Lusa