"De 2009 para 2010 certificámos mais dois milhões de garrafas num total de 20 milhões, pelo que 15% do vinho produzido pela região é certificado", afirmou Vasco Avillez, o novo presidente da CVR, que toma hoje posse na presença do ministro da Agricultura.

Além da certificação de vinhos, a nova direcção vai apostar na promoção externa dos vinhos, no sentido de aumentar as exportações.

Vasco Avillez adiantou que a Polónia tem sido um dos mercados para onde os vinhos de Lisboa têm sido exportados, após a adesão do país à União Europeia.

No plano das exportações, Angola é o principal mercado, absorvendo cerca de 40% do volume das exportações, com 2,5 milhões de garrafas vendidas e sete milhões de euros facturados, seguindo-se Escandinávia, Alemanha, EUA, Canadá, Inglaterra e Brasil.

A Estremadura, que detém a segunda maior área de vinhas do país (30 mil hectares), factura por ano 80 milhões de euros, metade dos quais oriundos da venda de vinhos certificados, e exporta já mais de metade da sua produção.

Os vinhos de Lisboa vão estar este ano a ser promovidos em Fevereiro no Salão Internacional do Vinho, Pescado e Agro-alimentar, uma das maiores mostras dos produtos nacionais que se realiza em Lisboa, com a presença de um grande número de compradores estrangeiros, e em Abril na Expovinis, no Brasil.

O alargamento da possibilidade da produção de espumantes, até aqui restrita aos vinhos de Bucelas e Óbidos, é outro dos objectivos tendo em conta "que é um nicho de mercado onde está a haver crescimento", mas para isso é necessária nova regulamentação. 

A Estremadura produz por ano cem milhões de litros de vinho (20 milhões de garrafas), assegurando cerca de 17% da quantidade de vinhos portugueses.

Além do Vinho Regional de Lisboa, a região possui ainda oito vinhos (Alenquer, Arruda, Torres Vedras, Óbidos, Encostas D'Aire, Bucelas, Carcavelhos e Colares) e uma aguardente (Lourinhã) com Denominação de Origem Controlada.

Fonte: Oje