"Temos vindo a crescer no mercado norte-americano nos últimos sete a oito anos sempre acima dos dois dígitos, com um portefólio bastante diversificado. Não temos razão para não continuar neste ritmo de crescimento nos próximos dois a três anos", disse Salvador Guedes, administrador da empresa.

Os EUA já são o maior mercado da Sogrape, representando cerca de 10% da facturação. O vinho Gazela tem hoje a "marca mais forte de todos os vinhos portugueses" e graças a ela a Sogrape conta aumentar a facturação anual nos EUA acima de 10%, referiu o mesmo responsável, em entrevista à Lusa.

"O mercado dos EUA foi fundamental para o sucesso e desenvolvimento da Sogrape. Se não fossem os consumidores norte-americanos a receber a marca Mateus Rosé como receberam nos anos 70, provavelmente não estaríamos onde estamos hoje", disse.

Mas "todas as marcas têm os seus ciclos" e o Mateus "já foi mais claramente forte neste mercado", obrigando a Sogrape a apostar em novas marcas. O Gazela tem recebido a fatia mais importante do esforço de promoção, que inclui anúncios televisivos frequentes na TV dos EUA.

Outras apostas são Grão Vasco e Offley Porto, mas a Sogrape expandiu-se para novos países produtores e parte importante das vendas vem da marca argentina Finca Flichman ou da chilena Anakena.

No ano passado, a facturação da empresa foi de 195 milhões de euros, mais 6% do que em 2009. Para este ano a perspectiva é de um abrandamento do ritmo de crescimento, para cerca de 2 a 3%.

A Sogrape Vinhos foi premiada pela revista Wine Enthusiast como melhor produtor europeu de 2010, pela capacidade de crescimento e desenvolvimento de marcas, mas os próximos tempos são de "consolidação", disse Salvador Guedes.

Fonte: Oje