O enólogo, que detém 100 por cento da empresa com sede na Quinta da Fonte Bela (Cartaxo), disse à agência Lusa que, depois de muitos anos empenhada na conquista de mercados externos, a empresa quer ter a posição "a que tem direito" no mercado nacional.
Por isso, o investimento na duplicação da produção vai ser acompanhado pela entrada dos vinhos da DFJ em duas áreas essenciais, na restauração de luxo, com os "vinhos ícone", e nas grandes superfícies, esperando ter uma cobertura "considerável" do mercado nacional dentro de um ano, afirmou.
A empresa está, nesta fase, com a consultora Chefs Agency, a divulgar a sua produção e a selecionar fornecedores.
Neiva Correia explica a penetração dos vinhos produzidos pela empresa, fundada em 1998, nos mercados internacionais pela postura que a distingue dos outros produtores portugueses.
"Fazemos aquilo que faz o alfaiate. Fazemos o vinho ao gosto do consumidor. A primeira coisa que fazemos quando pensamos em ir para um determinado mercado é ir a esse mercado e ver quais são os produtos mais apreciados, os vinhos que mais ‘rodam', trazê-los, prová-los, analisá-los, verificar se com as nossas castas podemos fazer melhor e mais barato", disse.
Foi assim que a empresa conquistou o mercado inglês, que Neiva Correia considera a "montra" que permite a entrada noutros mercados, principalmente da Commonwealth, mas também o alemão, o americano, o polaco, num conjunto de perto de 30 países para onde exporta 77 vinhos de 33 marcas.
Distinguidos com numerosos prémios internacionais e com referências destacadas nas revistas da especialidade, os vinhos da DFJ têm entre os seus clientes cadeias de supermercados, como a Tesco, ou de restaurantes, como o Nando's, com mais de 260 restaurantes em vários países, detendo uma das maiores quotas do mercado inglês.
Os 10 por cento da produção que ficam em Portugal são vendidos no El Corte Inglês, Intermarché e Sá, adiantou.
Na Quinta da Fonte Bela, um belo edifício do final do século XIX, a DFJ apenas vinifica, tendo parcerias com produtores do Douro ao Algarve (exceto vinhos verdes), sendo a mais importante com a Rui Abreu Correia e Herdeiros, que Neiva Correia detém com os irmãos e que possui 200 hectares de vinhas em produção.
O enólogo, engenheiro agrário de formação, tem sido o responsável pela introdução em Portugal de várias castas, desenvolveu um método para desinfeção das rolhas de cortiça e adotou métodos que evitam a oxigenação do vinho e garantem a total ausência de germes, leveduras, bactérias ou fungos no processo de engarrafamento, assegurou.
A existência de uma tanoaria própria, onde são recuperadas as barricas usadas que adquire em França, é mais um pormenor no esforço de garantir a melhor relação qualidade/preço, disse.
"Temos que ter melhor e mais barato, porque temos que pagar a fatura de sermos portugueses. Não temos imagem, o que nos dificulta a vida", disse.
Por isso, não seguiu o comportamento padrão, dos que tentam colocar lá fora o que produzem, mas procurou ir ao encontro dos gostos dos mercados.
Como exemplos aponta o Pink Elephant, um rosé para acompanhar comida picante, que patrocina uma equipa inglesa de voleibol feminino e apadrinha os elefantes asiáticos, ou o vinho que está a produzir para a Polónia, com 3,5 vezes mais açúcar que o Mateus Rosé.
Fonte: Radio Batalha / Lusa
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