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Míldio e podridão negra atacam em Portugal
O míldio e a podridão negra, duas agressivas doenças da vinha, estão a danificar várias propriedades um pouco por todo o país. Para já, e segundo dados da Agência Lusa e da Revista de Vinhos, as regiões mais afectadas são o interior e o sul.

Ainda que sem muitos dados concretos, sabe-se que este tem sido um ano difícil para a viticultura portuguesa. A situação deve-se à alternância de temperaturas altas com chuvas nos meses de Abril e Maio, condições ideais para o desenvolvimento de fungos que tanto podem ter de benéfico como de destruidores.


Segundo António Mendes, vogal para a produção da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRD), apesar de muitas vinhas estarem limpas e de ser ainda cedo para se ter uma ideia da dimensão dos estragos, noutras «a podridão negra devastou 80 a 90% da produção». Já João Farraia Pessoa, gestor do sector de fungicidas na Sapec Agro, disse à Revista de Vinhos que as regiões mais afectadas foram o Douro, onde o Baixo Corgo terá tido uma quebra de produção estimada de 50%.

Ribatejo e Península de Setúbal virão logo a seguir, com 40%, e depois o Alentejo, com 30%, especialmente nas zonas da Vidigueira e Redondo.  

Situação semelhante ocorreu nas Beiras, essencialmente na Beira Litoral, Bairrada e na região de Viseu.  

Quanto ao Minho, e ainda segundo este técnico, terá havido uma quebra mais pequena, de apenas 20%. João Farraia Pessoa acredita que é «provavelmente a região mais bem preparada para este tipo de fortes ataques já que é a que tradicionalmente é a mais atacada por esta doença».


A podridão negra é uma doença nova no Dão, tendo sido detectada pela primeira vez há seis anos. Desenvolve-se em condições de humidade e é mais comum em vinhas de vegetação densa ou na proximidade de vinhas velhas abandonadas e infectadas.

Já o míldio é provocado por um fungo que ataca todos os órgãos verdes da videira. Desenvolve-se em condições climáticas caracterizadas por temperaturas amenas, chuva e humidade relativa elevada.

 

Fonte: http://www.mariajoaodealmeida.com/ Ana Filipa Luzia