O instituto público quer aproveitar a campanha "Muda de Cenário", que vai percorrer algumas das principais praias do país até ao final de setembro, para desafiar os portugueses a serem "embaixadores do vinho do Porto".

De acordo com dados divulgados na página eletrónica do IVDP, entre janeiro e junho, as vendas deste vinho registaram uma quebra de 9,3 por cento, comparativamente com igual período do ano passado.

Foram vendidos 3,4 milhões de caixas de nove litros por 132 milhões de euros, ou seja, menos 9,4 por cento de volume de negócios do que nos primeiros seis meses de 2010.

O mercado nacional, que ocupa o quarto lugar nas vendas deste produto, sofreu neste período um decréscimo de 20,5 por cento. A França, Holanda e Bélgica são os principais mercados do vinho produzido na mais antiga região demarcada do mundo e, em todos eles, os primeiros meses do ano revelaram quebras no consumo.

Em contrapartida, este produto ganhou terreno no Brasil, com subidas de 30 por cento entre janeiro e junho, e ainda em países como o México, Polónia e Rússia.

A campanha "Muda de Cenário", que representa um investimento de 220 mil euros, vai percorrer as praias da Comporta e Moledo.

"Temos que transformar os portugueses nos grandes embaixadores do vinho do Porto", afirmou hoje, em comunicado, o presidente do IVDP, Luciano Vilhena Pereira.

É que, segundo acrescentou, "a notoriedade internacional deste vinho é reconhecida como a mais distinta dos produtos nacionais e muito mais do que os estrangeiros, os portugueses devem ter orgulho em serem os arautos do vinho do Porto".

A campanha, que se repete pelo segundo ano consecutivo, vai às praias e festas de verão para convidar ao consumo da mais internacional marca portuguesa através de "originais cocktails", feitos a partir do vinho do Porto Branco e Rosé.

A organização quer mostrar que, para além de ser um vinho para apreciar à lareira, o Porto também se serve fresco.

A campanha tem como público-alvo a classe média e média alta, entre os 25 e os 35 anos. Trata-se de uma ação concertada de publicidade, comunicação e relações públicas.

Fonte: Lusa