O enólogo Celso Pereira interrompeu as férias porque este ano as uvas atingiram mais cedo os índices de acidez e de PH (indicador de acidez, neutralidade ou alcalinidade) ideais para a produção de espumantes, o principal produto desta empresa.
Segundo explicou, normalmente a vindima faz-se entre a última semana de agosto ou a primeira de setembro. Só que o intenso calor sentido na região, principalmente no mês de junho, adiantou "bastante a maturação".
Adiantou para os espumantes, em que é preciso um PH mais baixo e uma acidez total, mas vai, segundo frisou, também antecipar a vindima geral na mais antiga região demarcada do mundo.
A vinha exige por estes dias atenção e controlo totais. Os enólogos desdobram-se entre fazer análises de maturação e espreitar as páginas sobre as previsões meteorológicas que estão acessíveis na Internet. O tempo que se fizer sentir até ao dia da vindima vai condicionar a qualidade e quantidade de vinho.
Por agora, Celso Pereira diz que as uvas, das castas Malvasia e Gouveio, que estão a dar entrada na adega "estão a agradar".
"É um mosto que está perfeitamente equilibrado", salientou. Na sexta-feira, começa a ser cortada a casta Chardonnay.
As Caves Transmontanas lançaram-se há cerca de 20 anos na produção do espumante "Vértice", na Região Demarcada do Douro. Celso Pereira explicou que no planalto de Alijó, a cerca de 650 metros de altitude e solos graníticos, se encontraram as condições ideias para este produto que encontra nichos de mercado no Brasil, Angola, Suíça ou Estados Unidos da América.
Entretanto, a empresa avançou também para a produção de DOC Douro tinto e branco.
Na adega, as uvas para o espumante sofrem um choque térmico. Passam a noite numa câmara frigorífica a oito graus. Depois são prensadas e efectua-se a adição de gelo seco no mosto, que segue para a cuba onde fica um dia para decantar.
Após este processo, o mosto limpo passa para uma segunda cuba, onde vai fermentar de forma lenta e muito controlada.
Segundo Celso Pereira, o espumante precisa de estagiar no mínimo dois anos e só depois é lançado no mercado.
"Fazer vinho é saber esperar por ele", salientou.
Fonte: Lusa
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