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Champanhe aumenta limite de produção
Poucas regiões vitivinícolas existirão no mundo onde os controlos de produção sejam tão apertados como na de Champanhe. Mas, o que fazer quando a região é geograficamente limitada e a procura é maior do que a oferta?

Aumenta-se a produção, está bom de ver. Sem mais área para plantar vinha na região demarcada, e com dificuldades em responder à procura do mercado, a região de Champanhe fica limitada a duas alternativas: aumentar ainda mais o preço, baixando assim a procura, ou aumentar a produção tolerada de uvas. A escolha recaiu na segunda opção. Assim, o Comité Interprofessionnel du Vin de Champagne (CIVC), o organismo regulador da região, decretou recentemente que o limite de produção passou a estar fixado, este ano, nas 12,5 toneladas por hectare (o que dará cerca de 9.500 litros de vinho por hectare). O ano passado este valor era de 10,5 t/ha e em 2009 foi de 9,7 t/ha.


Segundo declarações do diretor de comunicação do CIVC à revista inglesa Decanter, Thibaut le Mailloux, o aumento deste teto de produção foi baseado em previsões razoavelmente otimistas que indicavam que as vendas de Champanhe iriam aumentar 2% ao ano nos próximos três anos. Ainda assim, a maioria das casas de Champanhe queriam que esse teto fosse de 14 toneladas por hectare.


Só por comparação, em Portugal estes limites são bem mais baixos para a produção de vinhos de qualidade, em especial os que usufruem de denominação de origem. Por exemplo, o teto é de 8.000 litros por hectare para um Vinho Verde ou branco do Dão, valor que baixa para 6.000 litros/hectare se o vinho for Alvarinho ou um tinto DOC Dão.

 

Fonte: Revista de Vinhos