De acordo com o eng. Aníbal Coutinho, presidente do júri da prova, a qualidade foi superior à dos anos anteriores. Não fosse o limite máximo de 30% para a atribuição de medalhas, quase todos os tintos teriam conseguido ouro ou prata
Com um painel de 11 provadores, número superior ao que é habitual, decorreu durante toda a manhã de sábado, no Convento de S. José, a avaliação dos 43 vinhos postos a concurso, entre brancos (8), rosados (11) e tintos (24). O júri incluiu escanções, distribuidores, o comprador de uma grande distribuição nacional. Em suma, tentou-se alargar o espectro do comércio de vinhos na prova, para ficar mais perto das preferências dos consumidores.
O «barlavento» foi ouvir o eng. Aníbal Coutinho, que começou por nos dizer que a qualidade dos vinhos algarvios está em crescendo e que, no presente ano, essa tendência continuou. E foi mais longe sobre os vinhos algarvios: «O Algarve tem duas histórias de vinhos. Tem a inicial, que se confunde com a história do vinho em Portugal. Foi no Algarve que se iniciaram as vinhas em Portugal. Aqui apareceram castas como a negra mole, que agora é um pouco desprezada, mas que é a mais antiga em Portugal. Já está confirmado que foi daqui para a Madeira. Logo, a história está aqui. Temos agora uma nova história, a do novo século, com a introdução de novas castas, novas plantações e, de facto, isso tem feito com que o vinho, sobretudo o que vai para a garrafa, esteja mais equilibrado, apresente uma frescura mais equilibrada. As castas antigas não eram bem controladas e havia a ideia de que o vinho algarvio tinha muito álcool. Hoje em dia, já não é assim e também chegou uma nova geração ao vinho, com investimentos estrangeiros e nacionais. Tenho a certeza de que a qualidade dos vinhos algarvios está ao melhor nível do que se faz em Portugal. Em qualquer concurso a nível nacional, os vinhos algarvios estão em condições de ganhar medalhas».
Segundo Aníbal Coutinho, o incremento da qualidade dos brancos e rosados foi ainda superior à dos tintos. Lembrou as histórias que ouviu às gerações anteriores sobre os brancos de Lagoa de antanho, com uma elevada graduação alcoólica, mas afirma que, atualmente, os encontra com a graduação normal (12 a 13 graus) e com uma frescura fantástica.
«Essa frescura foi salientada por vários membros do juri», disse-nos ele. «Houve vinhos que foram medalhados, cuja justificação para a medalha foi que nem pareciam vinhos do sul. São vinhos que preservam a frescura, o que é excelente para continuar a desfrutá-los em conjunto com a boa gastronomia algarvia».
Vinhos premiados
Nos brancos, a Quinta dos Vales arrecadou o prémio excelência, partilhando o ouro com a Quinta do Morgado da Torre e a Adega do Cantor.
Nos rosados, o prémio excelência foi para a Quinta do Morgado da Torre, que partilhou o ouro com a Adega do Cantor.
Nos tintos, a Adega do Cantor ganhou o prémio excelência, tendo partilhado o ouro com José Manuel Cabrita, A.A.C. – Alcantarilha Agrícola e Comercial e Paxa Wines.
Os vinhos premiados nas categorias brancos e rosados eram de 2010. Os tintos eram de 2009.
Fonte: barlavento online
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