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Câmara produz vinho verde e cria 10 empregos para exploração agrícola
A autarquia de Baião vai apresentar, no sábado, uma marca de vinho verde produzida numa quinta junto ao convento de Ancede, propriedade do município, que deu trabalho a uma dezena de pessoas.

A quinta, próxima do rio Douro, está a ser diretamente explorada desde 2010 pela câmara municipal, ali sendo produzidos, além do vinho verde com a marca "Lagar do Convento", outros produtos como frutos e hortícolas.

O presidente da Câmara, José Luís Carneiro, justificou este projeto com a necessidade de dar uma utilização a cerca de 4,2 hectares de terreno com tradição vitícola, mas onde já não havia cultura de vinho desde o século XIX.

O autarca explicou que esta experiência de produção agroalimentar, para além da componente da rentabilização do espaço e dos postos de trabalho criados, procura também constituir um exemplo para as novas gerações, apontando a agricultura como uma das opções de futuro.

Uma das dificuldades iniciais foi encontrar o modelo jurídico que sustentasse o negócio, tendo havido necessidade de se pedir pareceres à tutela dos municípios.

Nesta fase, foi permitido à autarquia criar uma conta corrente específica para garantir o funcionamento da exploração.

No futuro, explicou o edil à Lusa, quando for assegurada a sustentabilidade económica do projeto, poderá avançar-se para a criação de uma empresa municipal ou no sentido de uma concessão de exploração.

Segundo José Luís Carneiro, tudo está bem encaminhado, revelando que só no primeiro ano de atividade foi vendida, nos mercados de proximidade, a totalidade da produção da quinta.

O autarca destaca que, entre os frutos ali produzidos, houve o cuidado de apostar na cereja e nos citrinos, cujas variedades são muito apreciadas.

Quanto ao vinho verde, a aposta incidiu na casta avesso, característica da sub-região de Baião, retomando uma tradição antiga daquele convento.

Neste primeiro ano, foi possível produzir 3.300 garrafas, mas, em 2012, graças a aperfeiçoamentos técnicos já introduzidos, esse número será reforçado com mais 1.300.

Toda a produção será colocada nos circuitos comerciais.

José Luís Carneiro sublinha que os resultados económicos desta atividade serão reinvestidos na quinta.

Questionado sobre se o sucesso poderá conduzir a mais postos de trabalho, o autarca admitiu essa possibilidade, mas revelou que ainda é prematuro, a curto prazo, avançar-se com esse cenário, porque o projeto está ainda numa fase de consolidação, com vários investimentos em curso.

Também nesta quinta está a ser desenvolvido um projeto de compostagem, que permite ao aproveitamento dos resíduos dos jardins do concelho, que são depois transformados em adubos.

 

Fonte: Lusa/APM.