A administradora-delegada da LdF, Olga Martins, faz "um balanço muito positivo" da ainda jovem empresa - que acaba de apresentar um vinho comemorativo do 10.º aniversário da sua chegada ao mercado, um monocasta tinto cão -, referindo contar "fechar este ano com números muito interessantes, sem baixar preços".
Há 11 anos, o projeto LdF surgiu na região duriense: 15 pequenos produtores juntaram-se "para partilhar recursos e criar sinergias de forma a conseguirem o que sozinhos não conseguiriam": produzir vinhos de elevada qualidade.
Olga Martins disse à Agência Lusa que não foi fácil vencer a ceticismo reinante entre os produtores, mas gradualmente começou a fazer sentido a "ideia de manter a individualidade de cada um, classificar os vinhos de uma forma isenta, através de provas cegas, sendo que cada um seria remunerado pela qualidade das suas vinhas".
As pessoas aperceberam-se, também, das vantagens competitivas de se unirem sob uma única marca, numa única adega e em volta de uma única equipa de enologia, "e daí até se fazer um vinho de lote, com uvas de todos os produtores, foi um passo", realça Olga Martins.
"Conseguiu-se assim motivá-los para a qualidade, o que não é muito fácil se não houver um incentivo financeiro", realça, declarando-se "surpresa por ainda ter sido replicado este modelo, porque fazia falta ao resto do país e é um projeto vencedor".
Com 18 quintas, espalhadas por todo o Douro, a Lavradores de Feitoria consegue uvas de todas as castas, cepas de todas as idades, plantadas a múltiplas altitudes, com diferentes exposições, numa enorme heterogeneidade de solos.
"Muita gente mostrou interesse em juntar-se à empresa, mas preferimos consolidar as nossas marcas com a nossa produção, garantindo que todos os anos compramos as uvas aos 15 produtores que estão connosco, que as transformamos, vendemos e lhes damos a mais-valia de uma venda melhor", explica Olga Martins.
A LdF exporta cerca de 60 por cento da sua produção, cerca de meio milhão de litros, para "22 países", incluindo, Brasil, Estados Unidos e Canadá, e "a faturação em 2010 ficou à volta de 1,4 milhões de euros", boa parte graças de vinho embalado em "bag-in-box", "um segmento do mercado muito importante" para os mercados nórdicos.
A empresa manifesta-se otimista face às vindimas deste ano, considerando-as "muito boas" e esperando "mais produção"
"Os brancos estão interessantíssimos e temos vinhos tintos com muito potencial. Acho que vai ser um grande ano de vinho", afirma Olga Martins.
O diretor de enologia da LdF, Paulo Ruão, declara-se também "felicíssimo" com as vindimas, que "até começaram mal".
Após 18 anos na Ramos Pinto, o enólogo mudou-se para a Lavradores de Feitoria em 2005, desafiado por Dirk Niepoort, conhecido produtor duriense e administrador desta empresa, e motivado por ter ao seu dispor "uvas de toda a região" e com caraterísticas distintas.
Paulo Ruão explicou à Lusa que procura fazer vinhos que são "elegantes", de recorte internacional, como o que foi agora lançado para assinalar os 10 anos da LdF no mercado, um monocasta tinto cão de que foram feitas apenas 500 garrafas, e outros de tipo "Douro profundo, bem estruturados e fortes", como o Quinta da Costa
Fonte: Lusa/AYM.
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