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Produção em Itália cai para valores iguais aos anos 40
À semelhança do que acontece em Portugal, também a produção de vinho italiano caiu este ano para o seu nível mais baixo dos últimos 60 anos, atingido por um mês de Setembro extremamente quente e seco.

Apesar disso, e de acordo com um relatório da indústria vitivinícola a qualidade da colheita é promissora. A produção total foi de 40,3 milhões de hectolitros, 14% menos do que no ano passado e um número bastante inferior à média dos 47,6 milhões por ano registados entre 2001-2010, segundo um relatório da associação de enólogos italianos.

«Estamos a enfrentar a colheita mais escassa dos últimos 60 anos. Para encontrar uma quantidade similar teríamos que retroceder ao ano de 1948, quando havia 40,4 milhões de hectolitros", pode ler-se no relatório.

Segundo o mesmo relatório, a produção também diminui porque os produtores, especialmente na Sicília e Puglia (sul) e na Emilia Romagna (Norte Central) arrancaram vinhas, financiados pela União Europeia. Em 2010 arrancaram 9.300 hectares, somados aos 22.000 entre os anos de 2008-09. Este programa da UE, que teve início em Agosto de 2008, oferece dinheiro aos produtores menos competitivos em troca dos arranques de vinha. Com isto, pretendem reduzir os chamados "lagos de vinho" da Europa e eliminar 175 mil dos 3,6 milhões hectares de vinhedos na UE. Além disso, segundo o relatório, a colheita precoce para melhorar a qualidade do vinho também ajudou a reduzir a quantidade.

Assim, a produção da Toscana, famosa pelo Chianti Rosso e pelo Brunello di Montalcino e Vino Nobile di Montepulciano, caiu 15% em 2010. Em Piemonte, a terra de Barolo, registou-se uma quebra de 19%. A Sicília, afundou 25%, enquanto que na região de Veneto, a maior região vitícola do país, a produção apenas caiu 5%.

Quanto às vendas de vinho, de acordo com a mesma associação, as exportações sofreram uma valorização de 14,1% e 15,4% em volume no primeiro semestre de 2010 o que quer dizer que Itália vendeu quase 50% de sua produção ao exterior no ano passado.

 

Fonte: http://www.mariajoaodealmeida.com / Elisabete Maia