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Exportações mundiais de vinho registam quebra no mercado angolano
As exportações globais de vinhos para o mercado angolano cifraram-se em 8,8 milhões de euros, contra os 12,2 milhões de euros em 2008, referiu hoje em Vidigueira, localidade de Évora, o director das filias de distribuição da Sogrape, Miguel Oliveira Pinto.

Em declarações a jornalistas angolanos, numa visita a vinha e adega da Herdade do Peso, o gestor referiu que as exportações mundiais do produto cresceram nos anos anteriores até 2008, mas em 2009 as vendas sofreram baixas, devido a alterações na conjuntura económica e social angolana, em particular.  

Segundo o responsável, em 2009, após um "boom" no sector da construção derivado dos investimentos do Governo no sector das obras públicas, com a construção de estádios para o Campeonato Africano das Nações (CAN), muitas obras pararam e em consequência muitas pessoas perderam o emprego.  

De acordo com a fonte, o desemprego fez com que um considerável número de consumidores deixasse de comprar vinhos e optou mais por consumir cervejas e outras bebidas com um custo relativamente mais baixo, em relação aos vinhos importados.  

Quanto a 2010, Miguel Oliveira considerou que foi um ano "muito difícil para os produtores, porquanto a cifra não registou considerável alteração, enquanto 2011 foi difícil no primeiro semestre, mas os restantes meses do ano têm sido melhor.

Fundada em 1942, A Sogrape tem vinhas e adegas em muitas regiões de Portugal, como Douro, Estremadura e Alentejo, com a Herdade do Peso, esta última existe desde 1990, possui 160 hectares de vinhas e exporta para Angola pelo menos três milhões e 300 mil garrafas de vinho/ano.  

Nesta terça-feira, os jornalistas angolanos visitaram igualmente, na província do Alentejo, as vinhas e adegas do Monte da Capela e da Herdade de Mingorra. A primeira sociedade já exportou para Angola desde 2006 700 mil garrafas/ano, enquanto a segunda empresa vendeu já 200 mil garrafas para o mercado angolano de Janeiro último até o corrente mês.  

Para hoje (quarta-feira), o programa de trabalhos reserva visitas aos produtores alentejanos da Quinta do Carmo - Caves Aliança e Bacalhôa, João Portugal Ramos e da Adega Cooperativa de Borba.  

A presença de uma equipa de jornalistas angolanos na região de Alentejo é fruto de um convite da Comissão Vitivinícola da Região do Alentejo (Cvra), uma entidade interprofissional privada, de utilidade pública, definidora das linhas e estratégia da localidade.

 

Fonte: Angola Press