"A China, é de longe, o mercado que está a crescer mais depressa. Há dois anos, a China não figurava sequer nos trinta primeiros lugares. Neste momento é o 18º", realçou à agência Lusa Miguel Nora, gestor da Vini Portugal para a Europa e Ásia.
O crescimento reflecte-se na "Grande Prova de Vinhos Portugueses" realizada hoje num hotel do centro de Pequim, com um "número recorde" de produtores e de marcas: 28 e 300, respetivamente.
Foi também "a mais concorrida" das quatro que a Vini Portugal já organizou na capital chinesa, desde 2008, e o ponto de partida para uma campanha de promoção que incluirá ainda Xangai, Hong Kong e, pela primeira vez, Cantão.
"Tivemos aqui mais de 200 profissionais da região de Pequim, o que excedeu largamente a nossa expetativa", disse Miguel Nora.
Pelas contas da Vini Portugal, que não incluem os vinhos do Porto e Madeira, no primeiro semestre deste ano as exportações de vinhos portugueses para o continente chinês (excluindo Macau e Hong Kong) aumentaram "mais de 80 por cento" em relação a igual período de 2010, somando 2,6 milhões de euros.
O aumento das vendas para a China foi quase sete vezes superior à subida média das exportações durante aquele período (12,7 por cento).
"Este mercado está a crescer a uma velocidade tal que em 2012, a China será mesmo uma das três prioridades externas da Vini Portugal, a seguir aos Estados Unidos e ao Brasil", indicou Miguel Nora.
"A quota de Portugal ainda é pequena, mas está a aumentar", acrescentou.
Os maiores clientes dos vinhos portugueses continuam a ser Angola, França e o Reino Unido.
A China, entretanto, também está a aumentar a sua produção vinícola, com a ajuda de enólogos europeus, e já integra a lista dos dez maiores do mundo, à frente de Portugal mas, para os padrões europeus, o consumo chinês per capita é ainda insignificante: menos de dois litros por ano, contra cerca de 40 litros em Portugal.
O aumento das exportações dos produtores portugueses compensa o declínio do consumo interno: "As vendas em Portugal, este ano, têm diminuído um pouco e daí a necessidade da internacionalização", observou Miguel Nora.
Portugal, em chinês, diz-se "Pu Tao Ya", expressão muito parecida com vinho ("Pu Tao Jiu"), mas, para o responsável da ViniPortugal, essa afinidade, só por si, não chega e a concorrência - dos tradicionais gigantes do sector (França, Itália e Espanha) e dos novos produtores (Chile, Austrália e Nova Zelândia, entre outros) - é grande.
"A China é um mercado que tem as suas dificuldades próprias e em que temos de continuar a investir. Os chineses que começam a apreciar um bom vinho são jovens e, por isso, estamos também a fazer um investimento para o futuro", salientou Miguel Nora.
Fonte: Lusa/António Caeiro
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