A 4.ª edição da feira, que arrancou hoje, conta com 930 expositores de 37 países e regiões, correspondendo a um aumento de 37 por cento face a 2010, dos quais mais de 250 são de França e Espanha. Itália é este ano o país convidado e a Geórgia, Israel, Letónia, Malta, Eslováquia e Suécia participam pela primeira vez.
Portugal conta com um espaço de representação 50 por cento superior ao do ano passado com cerca de 30 empresas presentes "face às 21 do ano passado", pois o "mercado de Hong Kong está a ganhar importância" para o país, disse à agência Lusa Miguel Nora, gestor de área para a Europa e Ásia da ViniPortugal.
Até agosto, a Região Administrativa Especial chinesa importou vinho no valor de 6,7 mil milhões de dólares de Hong Kong (626 milhões de euros), mais 65 por cento face a igual período de 2010.
Mas Hong Kong, como Macau, são cada vez menos, "e ainda bem, plataformas" para os produtores nacionais chegarem à China continental, alertou o responsável ao realçar que aqueles "estão a entrar diretamente com parceiros locais ou representantes" próprios.
Portugal aumentou as exportações de vinho para o interior da China em cerca de 80 por cento em valor no primeiro semestre para 2,6 milhões de euros, estando a "aumentar a sua quota de mercado, embora ainda seja reduzida para os objetivos" traçados, acrescentou.
Ao sublinhar que Hong Kong "tornou-se bastante apetecível porque há três anos houve a abolição das taxas, que permitiu uma maior diversidade de vinhos presentes no mercado e um consequente esbatimento da liderança francesa", o gestor da ViniPortugal garante que a aposta portuguesa passa pela qualidade e não pela quantidade.
"Espanha e França têm, de facto, uma presença maior [na feira e no mercado], mas também temos uma produção bastante menor [5,9 milhões de hectolitros previstos para a colheita deste ano, menos 17 por cento do que na campanha do ano passado] e tentamos aproveitar o facto de termos vinhos únicos, é por aí que nos queremos afirmar e não tanto pelo preço e pela quantidade", explicou.
O mesmo referiu que estão em curso contactos com os organizadores do certame para que numa das próximas edições "Portugal possa ser o país convidado", mas enquanto os "outros países têm adotado as castas internacionais, a promoção [portuguesa] centra-se muito nas castas nacionais".
"Temos sabido manter aquilo que consideramos que é o nosso tesouro, ou seja, temos mais de 300 castas e mais de 150 são únicas, só se plantam em Portugal, produzem vinhos únicos e isto é uma aposta a longo prazo", garantiu, prevendo que os consumidores "vão deixar de querer as castas internacionais, porque tornar-se-ão banais, e [Portugal tem] outros tesouros para apresentar".
Brasil e Estados Unidos "têm sido e continuarão a ser no próximo ano" os mercados prioritários da ViniPortugal por considerar que "vão ser os grandes motores de alavancagem para se conseguir uma melhor promoção dos vinhos portugueses", seguindo-se a "China, Reino Unido, Canadá, Angola, Alemanha e Norte da Europa", concluiu.
As exportações portuguesas de vinho alcançaram no primeiro semestre 282,26 milhões de euros e um volume de 1,2 milhões de hectolitros, mais 12,7 e 14,9 por cento, respetivamente, face a igual período de 2010.
Depois de Hong Kong, a ViniPortugal vai promover na próxima semana os vinhos nacionais na feira Interwine de Cantão.
Fonte: Lusa/PNE.
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