"A participação dos produtores e adegas neste certame vai abrir muitas portas, não só no mercado espanhol, mas igualmente nos mercados sul-americanos com quem Espanha tem relações comerciais", disse hoje à agência Lusa a enóloga responsável pelo certame internacional, Lisete Osório.
O prémio "Arribes 2011", que anualmente se realiza na localidade transfronteiriça de Travanca (Espanha) e que este ano completou a sua VII edição, terminou na madrugada de sábado com um saldo "positivo" para os vinhos nacionais produzidos nas mais diversas regiões vinícolas do país, que arrecadaram cerca de 30 por cento dos galardões de ouro e prata que premiavam os melhores vinhos em diversas categorias.
Segundo a responsável, os vinhos produzidos em Portugal têm vindo "a ganhar qualidade", não ficando "muito longe da qualidade dos vinhos produzidos em Espanha", apesar deste país ter vinhos de qualidade reconhecida.
Cerca de 355 vinhos produzidos em toda a península ibérica apresentaram-se a concurso para disputarem o prémio "Arribes 2011", um certame transfronteiriço que decorreu na região do Douro Internacional.
Na opinião dos produtores de vinho, este certame começa a ter uma importância estratégica no mercado vinícola por estar muito próximo da região Demarcada do Douro e da Região Vinícola de Trás-os-Montes.
"Este certame já tem uma grande visibilidade a nível internacional, não só pela qualidade dos vinhos, mas igualmente pela qualidade do júri do concurso, não havendo dúvidas que, através desta iniciativa, muitas portas se podem abrir para os vinhos portugueses, principalmente para os regionais", constatou o presidente da Adega de Sendim (Miranda do Douro), José Almendra.
Por seu lado, Nuno Ribeiro representante da vinícola Quinta do Carrenho, em Vila Nova de Foz Côa (Douro), é da opinião que os vinhos do Douro têm qualidade reconhecida para arrecadar primeiros prémios como foi o caso.
Do total dos vinhos a concurso, mais de uma centena eram de origem portuguesa provenientes de regiões vitivinícolas tão distintas como o Minho, Bairrada, Dão, Alentejo, Setúbal, Beira Interior ou Trás-os-Montes.
No entanto, a maior representação nacional no certame ibérico é assegurada por vinhos produzidos na Região Demarcada do Douro.
Os produtores de vinho portugueses procuram o mercado espanhol para aumentarem as suas exportações, estando presentes em várias organizações vitivinícolas como a Associação Vindouro/Vinduero, Rota Internacional do Vinho ou o Salão Internacional do Vinho, instituições fronteiriças que estão na origem do prémio "Arribes 2011".
O júri do concurso foi composto por 15 personalidades ligadas ao sector vitivinícola oriundas de países como Espanha, Portugal, Alemanha e Estados Unidos da América.
Só a Rota Internacional do Vinho agrega cerca de 70 parceiros portugueses e espanhóis oriundos de sectores que vão desde a restauração, produtos endógenos, produção de vinho e azeite ou turismo em espaço rural e meio ambiente.
Os dois países ibéricos "unidos" são capazes de organizar roteiros vinícolas que projetem a região transfronteiriça do Douro para os mercados internacionais, já que os produtos ali produzidos começam a ser conhecidos e procurados pelos mercados externos.
Fonte: Lusa / FYP
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