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Vinicultura: Vinhos regionais transmontanos começam a conquistar o mercado
O presidente da Comissão Vinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM) admitiu hoje que os vinhos da região estão a "renascer" e a "conquistar" o mercado vinícola, fruto do empenho e dedicação dos produtores transmontanos.

"Há cada vez mais vinhos de qualidade produzidos na região transmontana, quer através de produtores individuais, quer através das adegas cooperativas, que começam a conquistar o mercado interno e externo", disse à Agência Lusa Francisco Pavão.

Segundo o responsável, a região transmontana que abrange a CVRTM ainda não produz vinho em quantidade, mas sim "vinhos de qualidade".

"O ano passado, a região produziu cerca de quatro milhões de litros de vinho, com a chancela de denominação de origem controlada (DOC). No entanto, e em relação à colheita deste ano, há uma quebra de produção a rondar os 20 por cento, motivada pelas condições climatéricas adversas e doenças da vinha", acrescentou o responsável.

No sentido de dar a conhecer a qualidade dos vinhos regionais trasmontanos têm sido realizadas ações de promoção em países como o Brasil ou Espanha.

"A aceitação dos vinhos transmontanos no mercado brasileiro foi boa e há já importadores interessados em comercializar os nossos vinhos. Por este motivo, no próximo mês de fevereiro, vamos tentar promover os nossos néctares em outros mercados, como o suíço", disse Francisco Pavão.

Por outro lado, o responsável pela CVRTM adiantou que as adegas e os produtores/engarrafadores transmontanos estão a saber resistir à "crise de mercados", onde o vinho não é exceção.

Francisco Pavão acrescentou que "por vizinhança" com a Região Demarcada do Douro ainda há quem confunda os vinhos transmontanos com os durienses.

"Os nossos vinhos fazem um percurso desigual aos vinhos da região do Douro. São regiões diferentes, com o clima e solos diferentes, o que resulta em vinhos com carácter único", concluiu o responsável.

A região de influência vitivinícola da CVRTM vai desde Chaves ao planalto mirandês.

 

Fonte: Lusa/FYP.