O director do Instituto de Investigação e Desenvolvimento Rural, Agricultura e Alimentação madrileno (IMIDRA), Ricardo Riquelme, apresentou o relatório "Vinhos de Madrid" na sede do Conselho Regulador de Denominação de Origem. A investigação começou em 2009 quando se convocou o sector vitivinícola da região para perceber as necessidades que em matéria de investigação científica e tecnológica eram mais urgentes para ajudar a melhorar a competitividade dos vinhos madrilenos.
Uma das maiores exigências foi a identificação e recuperação das castas minoritárias que existiam na Comunidade de Madrid. Esta recuperação realiza-se nas vinhas antigas ou tradicionais, pois as novas plantações estabelecem-se com plantas perfeitamente identificadas e certificadas. O interesse destas variedades minoritárias é muito grande, pois podem estar perfeitamente adaptadas às condições madrilenas e, em caso de se adaptarem à exploração comercial, deve-se ampliar a base varietal para os vinhos varietais da Comunidade de Madrid.
Os objectivos do projecto são três: identificar as variedades da videira de cultivo minoritário nas vinhas da DO Vinos de Madrid, seleccionar as variedades de interesse comercial e aumentar o seu cultivo.
No estudo apresentado estabeleceu-se uma rigorosa metodologia de trabalho que consistiu na realização de uma amostra sistemática e organizada, em colaboração com os produtores. A descrição morfológica das diferentes partes da videira, de acordo com uma metodologia aceite internacionalmente e análise molecular de ADN das plantas, identificou as variedades de forma inequívoca.
Recolheram-se amostras de 28 parcelas, distribuídas
nas três subzonas da DO Vinos de Madrid (Arganda, Navalcarnero e San
Martin de Valdeiglesias), e de 13 produtores. Estudaram-se 66 cepas de
videiras diferentes. Ricardo Riquelme afirmou que os resultados do
estudo apontam para uma ampla base de vinha varietal das vinhas
tradicionais da Comunidade de Madrid, que é evidenciado graças a esta
pesquisa de carácter eminentemente aplicado e em contacto directo com o
sector vitivinícola madrileno.
Agora aguardam-se os detalhes
deste estudo e a possível ampliação da lista de castas admitidas na DO
Vinos de Madrid. Além do Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Parellada,
Torrontes e Viura, esta lista tem crescido em três etapas (1990, 1996,
2004) desde a criação do DO, e actualmente inclui as seguintes castas
consideradas autóctones, as tintas Tempranillo e Grenacha tinta e, nas
brancas, a Malvar, Airén, Albillo real e Moscatel de grano.
Fonte: http://www.mariajoaodealmeida.com / Elisabete Maia
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