Com um mandato de três anos pela frente, o responsável disse à Agência Lusa que
a sua "grande prioridade vai ser juntar todos os operadores a volta de um
objetivo comum: os vinhos têm uma mais-valia se forem certificados".
"A
região produz cerca de 15 milhões de litros de vinho por ano, mas apenas cinco
milhões acabam por ser certificados", explicou José Pedro Soares, de 38 anos,
produtor de vinhos espumantes, em Mogofores, Anadia, e formação em
enologia.
O novo líder da CVB considerou essencial "definir estrategicamente
o que a região pretende comunicar" e, nesse sentido, "o destaque será para os
espumantes", um vinho com forte expressão na Bairrada.
Em terceiro lugar,
José Pedro Soares referiu que a região deve "aproveitar os seus brancos e
tintos" que ali são produzidos e, nomeadamente, explorar todo "o seu potencial
gastronómico" junto dos mercados.
O dirigente considerou haver algum desânimo
entre os produtores locais, sendo de opinião que "é necessário uma maior
cooperação entre todos, porque a região tem um enorme potencial e produz vinhos
tintos e brancos com boa capacidade de envelhecimento" e bom acolhimento
crítico.
A Bairrada não se distingue pelo volume da produção vinícola, mas por vinhos que têm "um fator de diferenciação muito grande, facilmente identificáveis".
"Quero ser o elemento agregador entre as várias peças e
aproveitar os pesos-pesados e puxá-los também para a denominação de origem", ou
seja, para a certificação dos vinhos, explicou José Pedro Soares.
A direção
presidida por José Pedro Soares toma posse na quinta-feira, no Museu do Vinho da
Bairrada, em Anadia, e tem dois vogais, um indicado pelo setor do comércio,
Alexandrino Amorim, administrador das Caves São Domingos, e outro pelo da
produção, Victor Damião, presidente da Adega Cooperativa de Cantanhede.
Foi a
primeira vez que o Conselho Geral da CVB - composto por seis representantes do
comércio e outros seis da produção - elegeu o presidente da Direção, pois "até
aqui, o presidente era nomeado pelo Ministério da Agricultura, que escolhia um
dos nomes sugeridos por aquele órgão", salientou José Pedro Soares.
"Não
dependemos economicamente do Estado", acrescentou.
As receitas principais da CVB resultam da "venda dos selos de certificação que são colocados nas garrafas", representando "cerca de 80 por cento do volume de faturação da Comissão".
Fonte: Lusa/AYM.
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