"O enoturismo representa atualmente mais do que uma motivação específica para a
realização da viagem motivada pelo apreço do vinho. Ele assume-se como uma nova
oportunidade de negócio para a economia de uma região vitivinícola", sustentou
Eduardo Gonçalves, professor do curso de Turismo do ISMAI.
O estudioso
completou a sua tese referindo que o enoturismo "pode contribuir para o afinar
do destino turístico, na medida em que passa a promover uma região e um conjunto
de atividades associadas ao vinho".
A conferência reuniu investigadores
oriundos de cerca de uma dezena de instituições nacionais e estrangeiras, com o
objetivo de ser um "nódulo agregador entre o ensino superior, a comunidade
científica, o mundo empresarial e as entidades responsáveis pela gestão
territorial e turística", explicou a organização.
As vantagens de uma relação
entre o turismo e o vinho dominaram quase todas as intervenções feitas nesta
conferência, porque, nomeadamente, "quando se promove e vende só vinho, não se
está a fazer um bom trabalho", defendeu hoje, por seu lado, o presidente do
Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, Manuel Cabral.
"Quando falamos de
vinhos temos de falar sempre do território. O vinho é um instrumento que carrega
uma ideia atrás dele", resumiu Manuel Cabral, observando que é isso que a região
francesa de Bordeús, mundialmente conhecida pelos seus vinhos, faz na sua
promoção internacional.
Manuel Cabral salientou depois que, "sempre que se
está a promover o vinho do Porto, está-se também a promover o Porto e o Douro" e
informou estar em "conversações muito intensas com a Viniportugal" para que
aquele vinho possa ser também "um 'wine of Portugal'", uma marca chapéu criada
para o setor e virada para os mercados externos.
Uma das intervenções finais
desta conferência foi a do vice-presidente da Câmara Municipal do Porto,
Vladimiro Feliz, que tutela, nomeadamente, o Turismo, e que defendeu que, no
domínio turístico, "temos que vender o que somos", não criando assim falsas
expetativas nos turistas, e "apostar em elementos claramente
diferenciadores".
O autarca citou alguns dados de um inquérito a 9.000
empresários de hotelaria a nível global sobre as perspetivas para o setor
durante 2012 (Tripadvisor 2012 industry índex), sendo que um deles indica que
"70 por cento dos inquiridos prevê que a economia será positiva" e quase 60 por
cento espera ter um melhor desempenho dos seus negócios.
Mas as perspetivas
nacionais são "um pouco mais pessimistas, mas só a expetativa de receitas é
francamente positiva" para este ano, referiu Vladimiro Feliz.
No que diz
respeito ao Norte, o responsável exprimiu uma convicção pessoal: "Acredito que o
Norte terá capacidade para sair desta crise antes do resto do país, nomeadamente
a Grande Lisboa, porque depende menos da economia
pública".
Fonte: Lusa / AYM.
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