Na edição deste ano, segundo a organização da feira, a participação de angolanos duplicou e são cerca de 200 as empresas que vão fazer compras ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB).
Domingos Francisco, diretor de compras do Jumbo de Angola, é um deles e confirmou à Lusa o interesse dos angolanos.
"É uma questão quase cultural. Os hábitos gastronómicos são os mesmos e é inevitável que os angolanos venham a Portugal comprar produtos alimentares", declarou.
O vinho e o queijo estão no topo das preferências, mas a charcutaria "também tem muita saída" no Jumbo angolano.
O crescimento dos mercados africanos revela-se uma oportunidade para grandes empresas como a Sumol+Compal, cujo presidente destacou as vendas "significativas" de 2011, para países como Angola, Cabo Verde e Moçambique, mas também para PME, como a Minhofumeiro, uma empresa de Ponte de Lima que aposta também na internacionalização.
O responsável da empresa de charcutaria e enchidos tradicionais, António Paulino Rocha, quer "exportar uma boa parte da produção" no decurso dos próximos dois anos.
"Estamos a ultimar contactos com a Rússia, estamos a crescer muito em Angola e vamos entrar no Brasil", contou à Lusa.
A Minhofumeiro chegou igualmente à China, através de Macau, onde marca presença há dois anos.
"Correu muito bem", garante António Paulino da Rocha, recordando que houve quem o tivesse desaconselhado a entrar na China por não ter capacidade de produção.
"A nossa estratégia tem sido entrar nos grandes mercados, em nichos de mercado", acrescentou.
A clássica Água Castello é outra marca quer crescer fora de Portugal, traçando como objetivo atingir os 20 por cento de exportação em 2012.
O diretor de marketing, Nuno Colaço, salientou que o crescimento das exportações no ano passado foi de 12 por cento e que a empresa quer expandir-se em países como Angola, onde só é vendida em Luanda.
Angola "é o grande mercado" dos países africanos, mas Nuno Colaço salientou igualmente o "grande potencial" de Moçambique e Cabo Verde.
Além disso, espera "estabelecer uma base para a Ásia, a partir de Macau".
Na abertura oficial do SISAB, hoje de manhã, o diretor da feira, Carlos Morais, discursou de forma entusiástica e conseguiu que "empresários de todo o mundo" aplaudissem de pé a "excelência" das marcas portuguesas, no Pavilhão Atlântico.
"Os empresários não trabalham para ganhar dinheiro, trabalham para realizar os seus sonhos", afirmou Carlos Morais, que anunciou a criação de sete novos certames para pôr Portugal "no centro do mundo".
O SISAB decorre até quarta-feira com cerca de 400 empresas portuguesas, de 28 setores, desde o vinho, ao pescado, conservas, azeite, doçaria, arroz, enchidos, cafés e bacalhau, a tentar cativar os 1200 importadores internacionais, provenientes de 85 países que vão estar em Lisboa.
Fonte: Lusa/RCR
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