Para assinalar a data, uma comissão organizadora, constituída pela câmara da
Lourinhã, organiza a partir de hoje a Semana Gastronómica da Aguardente em 14
restaurantes do concelho e as Jornadas Técnicas da Aguardente, entre os dias 09
e 10.
A Comissão Vitivinícola Regional (CVR) de Lisboa, entidade que
certifica os vinhos, revelou à agência Lusa que em 2011 foram engarrafadas 6633
garrafas que, apesar de chegarem a um mercado restrito, excedem a procura dos
consumidores.
"Há quantidade de aguardente suficiente mesmo que o mercado do
consumo duplicasse", sublinhou Vasco Avillez, presidente da CVR.
Ao contrário
das centenárias aguardentes 'cognac' e 'armagnac', ao fim de 20 anos, a
aguardente da Lourinhã, que chegou a ser usada na produção do Vinho do Porto, é
ainda pouco procurada pelos consumidores, em resultado não só da crise (uma
garrafa custa em média 30 euros) como também da alteração dos hábitos de
consumo.
Com a entrada de Portugal para a União Europeia (então Comunidade
Económica Europeia) na década de 80 do século passado, a liberalização do
mercado dos vinhos e a introdução de um imposto especial sobre o consumo de
aguardentes (o que não acontece com os vinhos) tornaram outras bebidas, como o
'whisky' mais apreciadas e mais baratas, diminuindo o seu consumo.
Essa
alteração dos hábitos de consumo foi ainda acompanhada por medidas europeias de
arranque de vinhas e de proibição ao plantio de novas. A esta situação
juntaram-se também os problemas financeiros que levaram ao desmantelamento das
instalações da Adega Cooperativa da Lourinhã.
Muitos agricultores abandonaram
a produção pela quebra da rentabilidade e, ao fim de 20 anos, restam apenas 30
produtores de uvas destinadas a aguardente (50 hectares de área), o mais recente
dos quais apareceu há três anos.
Do lado da produção vínica, existem apenas a
Quinta do Rol e a Adega Cooperativa da Lourinhã, que produz por ano entre 10 a
12 mil litros, faturando 150 mil euros.
"É um produto caro para comprar, não
gera grande volume de negócios, e os empresários não estão para se meter em
negócios arriscados", explica Vasco Avillez, adiantando contudo que os que
existem "têm rentabilidade" por haver pouca oferta no mercado.
A aguardente
consegue ainda assim chegar ao mercado externo, tendo em Angola, Moçambique e
Cabo Verde os principais consumidores.
A Região Demarcada da Aguardente da
Lourinhã abrange todo o concelho da Lourinhã e as freguesias limítrofes de Vale
Covo (Bombarral), Serra d'el Rei e Atouguia da Baleia (Peniche), Campelos
(Torres Vedras) e Olho Marinho (Óbidos).
Fonte: Lusa/FYC
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