A delegação portuguesa à principal feira de vinhos de Nova Iorque, a Wine Expo,
entre sexta-feira e domingo na cidade norte-americana, é este ano mais pequena
do que em 2011, mas a ViniPortugal, que representa as empresas do setor, vai
investir em 2012 mais do que nunca no mercado norte-americano.
"Os vinhos
portugueses aqui são bem aceites, cada vez mais consumidores e profissionais os
conhecem, este ano foi recorde em termos de prémios ganhos nas revistas do setor
- Wine Spectator, Wine and Spirits, Wine Enthustiast - e tudo isso são fatores
de sucesso para a nossa aposta nos Estados Unidos", disse à Lusa Sónia
Fernandes, da ViniPortugal.
O menor número de expositores, em relação aos 47
de recorde do ano passado, deve-se ao facto de as datas terem coincidido com a
feira ProWein na Alemanha, mas "os produtores clarmente estão a apostar imenso
no mercado norte-americano", diz Sónia Fernandes.
As vantagens dos vinhos
portugueses estão na diferença de ter castas únicas ao país, como Trincadeira ou
Touriga, uma boa relação preço-qualidade e a própria cultura do país, "aberta,
convidativa", adianta.
O setor tem estado a crescer sobretudo graças às
exportações, que tendem a aumentar e, enquanto grande parte do país se debate
com a crise, este setor "está com saúde", segundo a representante da
ViniPortugal.
A ViniPortugal reduziu este ano os mercados em que vai investir
em promoção, reservando as maiores fatias para os Estados Unidos (2,5 milhões de
euros) e Brasil (1 milhão de euros).
"2012 vai ser o grande ano dos vinhos
portugueses nos Estados Unidos, porque corresponde a uma grande aposta de todas
as instituições encarregadas da promoção do vinho", disse à Lusa o delegado do
AICEP, Rui Boavista Marques.
As exportações de vinho subiram 6 por cento em
2010 e 7 por cento em 2011, e os dados dos primeiros meses do ano permitem ter
"confiança de que vai continuar essa tendência", adianta o delegado do AICEP
para o mercado norte-americano.
Com escritório no país há mais de 13 anos, a
Aveleda, tem nos Estados Unidos um "mercado estratégico" e um "trampolim", com
as exportações a crescerem de maneira "exponencial nos últimos anos".
"Se há
país onde se pode ser ambicioso é nos Estados Unidos, posso dizer com alguma
segurança", disse à Lusa Francisco Guedes, da Aveleda.
A delegação portuguesa
incluiu ainda outros grandes exportadores como a Esporão, Caves Messias, Croft
Port, Sogrape Vinhos e Dão Sul, mas também mais pequenas como a Herdade da
Malhadinha Nova.
Maria Stevens, da José Maria da Fonseca, já tinha vendido
cerca de 25 caixas de marcas como Periquita ou Domini a consumidores antes do
final do primeiro dia da feira.
Destacava em particular a "receção
fantástica" ao Douro Domini, que recentemente obteve 90 pontos do conhecido
crítico Robert Parker, "um orgulho para empresa e para Portugal".
Já para a
brasileira Gabriela Paiva, a Wine Expo foi a primeira experiência no mercado
norte-americano, representando 16 produtores de várias regiões com a sua empresa
recém-criada, Tambuladeira, que em seis meses exportou "cinco contentores para o
Brasil".
"Falta vinho português aqui, os vinhos são poucos, a maior parte
estão na prateleira da Espanha quase, e acho que tem um mercado gigante aqui.
Todos os que provam adoram", disse à Lusa.
Fonte: Lusa/PDF
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