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Embaixadores da cidade europeia do vinho dinamizam região

Os mais de cem embaixadores do título Cidade Europeia dos Vinhos entregue a Palmela vão divulgar a distinção por todos os setores de atividade, desde a indústria, cultura a artes, de forma a acrescentar valor não só aos produtos vinícolas, mas à própria região. Ana Teresa Vicente, presidente da Câmara Municipal de Palmela, atribui aos embaixadores "convidados em função da relação que possuem com o vinho e com muitas atividades desenvolvidas na região", a responsabilidade de "promover os vinhos além fronteiras".

"Todos aqueles que estão ligados direta ou indiretamente ao vinho da região têm agora uma papel acrescido na vontade e objetivo que o município tem de levar o título de cidade europeia dos vinhos a todos os setores de atividade", afirma Ana Teresa Vicente enquanto o seu homólogo barreirense, Carlos Humberto, vê Palmela como o exemplo daquilo que deve ser feito na valorização do território. "As iniciativas culturais e económicas desenvolvidas no concelho de Palmela vão ao encontro das caraterísticas que definem o território, valorizando-o", prossegue.

O presidente da câmara do Barreiro considera que, "em tempos difíceis onde se afigura a perda de tudo o que a população toma como garantido, ir buscar às entranhas aquilo que é necessário para revitalizar a economia e valorizar as caraterísticas singulares do território é desempenhado muito bem por Palmela". O título de cidade europeia dos vinhos "ajuda não só ao desenvolvimento de Palmela, como de toda a região", afirma Carlos Humberto, que vê em toda a península de Setúbal "um mosaico de sabores, cores e cheiros distintivos que devem ser promovidos por todo o solo nacional e internacional".

A crescente internacionalização dos produtos vinícolas da região é salientada por Carlos Sousa, antecessor de Ana Teresa Vicente na presidência da autarquia palmelense. "Um dos culminares do maior reconhecimento dos vinhos de Palmela no estrangeiro é o título de cidade europeia dos vinhos", reconhece o antigo edil, acrescentando que "o desenvolvimento do processo vinícola na região ainda pode crescer mais com o auxílio de entidades que rumam todas para o mesmo objetivo".

Carlos Sousa entende que "ainda há muito território internacional onde os vinhos da região não têm a devida posição no mercado e isso com certeza que vai ser alterado com o trabalho daqueles que, com muita paixão e dedicação, exercem a profissão ligada ao vinho". Ao revelar que "nada na vida está completo", o antigo presidente das câmaras de Palmela e Setúbal reconhece a "requalificação e desenvolvimento que houve em Fernando Pó, onde o vinho não tinha qualidade e hoje recebe grandes distinções mundiais".

As adegas cooperativas de Palmela e Pegões esperam que o título vinícola entregue ao concelho vá, além de aumentar as vendas dos produtos vinícolas nos mercados onde este já está assente, promover a entrada em territórios onde os consumidores não conheçam o produto. Mário Figueiredo, presidente da Adega Cooperativa de Pegões, admite que atualmente, o setor vinícola "é rentável para quem o explora, mas é preciso incentivar ainda mais as vendas e aumentar as exportações para novos mercados".

"A internacionalização dos vinhos deve ser uma aposta de todos os que exercem atividade no setor", prossegue Mário Figueiredo. Já José Caleira, da Adega Cooperativa de Palmela vê "uma projeção muito mais longínqua dos produtos devido ao título de cidade europeia dos vinhos". Ao considerar que os consumidores estão cada vez mais a optar por vinho mais barato e de fraca qualidade devido à crise, José Caleira espera que "a distinção ajude a estabilizar os preços dos produtos da região".

 

Fonte: Setúbal na Rede / Rogério Matos