"Embora os resultados pareçam à partida positivos, especialmente para os vinhos de lote e os colheitas mais recentes, os nossos especialistas queixaram-se da qualidade inconsistente e do número de vinhos com madeira e extracção a mais". Começa assim a entrada para a apresentação dos resultados do extenso painel dedicado ao Douro pela revista inglesa Decanter, a mais importante revista inglesa e das revista de vinhos mais importantes do mundo.
O artigo está assinado pela crítica Sarah
Ahmed, que diz que "graças ao Vinho do Porto, o Douro é a primeira
região vinícola portuguesa . Nos últimos 25 anos já viu acontecerem mais
mudanças do que no resto da sua história - de forma mais óbvia nos
vinhos de mesa, que são já responsáveis por mais de metade da produção
do Douro". Depois de detalhar a orografia, o clima e a viticultura da
região, Sarah fala da história enológica dos vinhos tintos: "reflectindo
os métodos de produção do Vinho do Porto, com sobre-extracção, e um
clima de extremos, os tintos do Douro eram usualmente ‘fortes' em tudo -
fruta madura (muitas vezes madurona), taninosos e com madeira. Hoje as
uvas são colhidas mais cedo [...] e os benefícios de fermentações a mais
baixa temperatura, extracções mais suaves e menos madeira é mais
evidente em colheitas como 2007 e 2008..."
Bom, mas afinal como correu a
prova? Dos 226 vinhos, apenas quatro conseguiram as almejadas 5
estrelas e o correspondente Decanter Award (18,5 a 20 valores). Foram 33
os que conseguiram as 4 estrelas (Highly Recommended, pontuação entre
16,5 e 18,49) e 128 as 3 estrelas (Recommended, pontuação entre 14,5 e
16,49). Os restantes vinhos oscilaram entre o Fair (2 estrelas) e o Poor
(1 estrela).
Mas vamos aos comentários dos provadores (que foram
10). Desde logo, toda a gente ficou surpreendida com a quantidade de
vinhos presentes: o último painel dedicado aos tintos do Douro tinha
sido realizado há 9 anos e teve menos de metade dos vinhos. Depois,
alguns, como Beverly Blanning, consideraram-se desapontados com a
qualidade geral, apontando o excesso de extracção e de
‘internacionalização' dos vinhos do Douro.
Ainda assim, vários
provadores consideraram que, considerando a juventude da moderna
enologia nos vinhos do Douro, os resultados acabam por ser promissores,
especialmente em alguns vinhos de 2009, considerados mais elegantes que
os dos anos anteriores.
Entre os melhores classificados, destaque
para o Quinta da Fronteira 2009, que recebeu 17 valores (Highly
Recommended), superando a grande maioria dos seus concorrentes. O
notável aqui é o preço que este vinho custa no retalho (€3,99). Mas
vejamos os 4 maiores classificados (e a respectiva pontuação):
Decanter Award (pontuação entre 18,5 e 20 valores)
Quinta de la Rosa reserva 2009 (19,17)
Quinta do Passadouro reserva 2009 (18,67)
Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2009 (18,63)
Pintas 2009 (18,5)
Fonte: Revista de Vinhos
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