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Vinicultura: Barca Velha é “90 por cento uvas e 10 por cento enologia”
O vinho Barca Velha "é 90 por cento uvas" e "dez por cento enologia", resumiu o enólogo Luís Sottomayor, para quem "não há cartolas mágicas" se as uvas e o ano não forem bons.

O vinho não vem sempre das mesmas videiras, "nem da mesma vinha", mas "há uma aposta em algumas vinhas", explicou à Agência Lusa, na véspera do lançamento da 17.ª edição daquela que é a marca rainha da Casa da Ferreirinha.

O Barca Velha tem origem na Quinta da Leda, em Foz Côa, uma propriedade na qual a Sogrape, dona da Ferreirinha (produtora do vinho), tem cerca de 160 hectares de vinha.

Mas o seu berço é a Quinta do Vale Meão, que fica junto ao Pocinho, no mesmo concelho, e foi mandada construir por D. Antónia Adelaide Ferreira.

"A Leda começou a ser plantada em 1979" e, "gradualmente", nos anos seguintes, tornou-se a base de proveniência do Barca Velha", explicou Luís Sottomayor.

Há uma "aposta maior em cerca de 30 hectares de vinha, que são tratadas especificamente" para fazer grandes vinhos, como o Barca Velha ou o Reserva Especial, o segundo topo de gama da Ferreirinha.

As videiras escolhidas "produzem relativamente pouco, como, aliás, é timbre no Douro, mas o que produzem é de grande qualidade".

"Têm uma idade média de 30 anos de idade", continuou.

Luís Sottomayor disse à Lusa que logo após uma vindima há "a perceção" da qualidade das uvas e do vinho que delas pode ser feito.

Bebe-se Barca Velha em "mais de 25 países, com especial destaque para Brasil e Angola".

Mas a maior parte destina-se ao mercado nacional, sendo "30 por cento para exportação", informou ainda e empresa.

Em 60 anos, o Barca Velha conheceu apenas três enólogos: "o senhor Fernando Nicolau de Almeida", José Maria Soares Franco e agora Luís Sottomayor, que assina a 17.ª edição deste vinho, colheita 2004, que foi apresentado na quarta-feira, em Marialva.

 

Fonte: Lusa / AYM.