Para o presidente da delegação de Macau da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, Filipe Cunha Santos, é necessária uma maior exposição para os artigos portugueses e, nesse sentido, sugere a criação de um centro de negócios e "showroom de produtos e serviços com atendimento ao público" e onde os empresários locais e da China pudessem obter informações para facilitar os negócios.
"As empresas portuguesas têm vindo a desenvolver as exportações", sustentou Filipe Santos, ao apontar, contudo, desconhecimento da realidade e capacidade do país para cativar o investimento externo.
Com exceção do vinho, como sublinhou o fundador da Associação de Jovens Empreendedores de Macau, Lino Cheong, pouco se sabe de Portugal e "muitos chineses nem sabem onde fica o país".
"Como é que eles podem comprar assim?", questionou, salientando a necessidade de mais promoção.
Outras dificuldades a ultrapassar são as barreiras linguísticas e os requisitos dos mercados já que "os gostos da Europa e da Ásia são diferentes e é difícil entrar no mercado e competir com quem está sempre a apresentar novo design", justificou o empresário.
Habituado a fazer negócios com Portugal, levando a Vista Alegre para Macau, Lino Cheong tem duas receitas para o sucesso: estabelecer de parcerias locais porque "é a maneira mais rápida de conseguir dinheiro para investir" e fazer "franchising", uma fórmula que permitiria a Portugal continuar "a usar o nome dos seus produtos muito conhecidos, o seu know-how e as suas equipas".
"Isto é muito importante para os jovens portugueses que atualmente estão no desemprego", salientou.
Lino Cheong alarga ainda mais os horizontes portugueses ao sugerir investimento na Tailândia para chegar aos 600 milhões de habitantes dos países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e exortou os empresários a utilizarem todas as "capacidades e tecnologia para investir nestes países".
Filipe Santos indicou ainda a área da tecnologia como setor em que Portugal pode "dar cartas" na Ásia, uma tarefa mais fácil com sucursais em Macau para desenvolver os negócios nos vários mercados do continente.
No entanto, apesar de muito desconhecimento, Filipe Santos refere que há empresários de Macau atentos ao imobiliário em Portugal "porque agora as propriedades estão bastante baratas" e até surgem oportunidades ligadas à gestão hoteleira.
Interessante, disse Filipe Santos, continuará a ser a importação de produtos tradicionais como o vinho e a cortiça, e outros como os materiais de construção, por terem "bastante procura e serem fornecidos a bom preço e com boa qualidade".
O presidente da AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, Pedro Reis, desloca-se a Macau na sexta-feira para falar sobre as oportunidades de investimento em Portugal.
Fonte: Lusa / FV.
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