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Histórias sobre o vinho Barca Velha contadas em livro
O livro Barca Velha - Histórias de um Vinho, que foi posto à venda esta semana, relata "as histórias que fazem a história deste vinho", disse a sua autora, Ana Sofia Fonseca.

"No fundo, esta é uma grande reportagem" elaborada entre o Douro, berço do Barca Velha, e o Porto, acrescentou Ana Sofia Fonseca, uma jornalista com trabalhos publicados em diversos órgãos de informação.

A obra surgiu pela primeira vez em 2004 e foi agora reeditada pela Oficina do Livro, mas para Ana Sofia Fonseca "é também um livro novo, pois contém mais três capítulos e mais histórias e alguns capítulos foram revistos".

Autora começa por nos apresentar o homem que, há 60 anos, criou o Barca Velha, Fernando Nicolau de Almeida, "diretor técnico, provador e sonhador oficial da Casa Ferreirinha".

"Não gosta do Douro. Ou melhor, não aprecia o Douro que finta a civilização dourada da sua Foz", escreve sobre ele Ana Sofia Fonseca.

No prefácio, o escritor e atual secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, notou que "é quase brutal a visita que Ana Sofia Fonseca faz junto deste nome: Nicolau de Almeida - um mago cujo inimitável trabalho merece distinção e prémio".

Para Fernando Nicolau de Almeida, o Barca Velha era o seu "vinhinho", porque "começou a sonhá-lo na década de 40, ainda ninguém pensava fazer vinhos tintos no Alto Douro".

As 234 páginas de Barca Velha - Histórias de um Vinho têm lugar para todos os que, à sua maneira, contribuíram para fazer deste néctar um verdadeiro mito, desde os tanoeiros Rodrigues e Ribeiro até aos enólogos José Maria Soares Franco, que sucedeu a Fernando Nicolau de Almeida, e Luís Sottomayor, o atual responsável.

Outros protagonistas deste livro são "os socalcos encosta acima, o rio lá em baixo, as vinhas a perder de vista. A terra mágica. Homens e mulheres a suarem na vindima, o mosto a fervilhar na adega. O glamour das vidas dos proprietários, a dureza da sina dos trabalhadores, a alquimia do calendário dos enólogos".

Ana Sofia Fonseca, que "conhecia mal o Douro", realizou uma "pesquisa exaustiva" seguindo o "método jornalístico", ora gravando ora tirando notas escritas das conversas e entrevistas que fez, em busca de matéria para o livro.

O resultado final "é uma história real que parece ficção", resumiu.

"Encontrei muitas histórias, personagens dignas de romance", realçou ainda.

Ana Sofia Fonseca nasceu em Lisboa, em 1978, começou no jornalismo em 1999 e tem escrito para o Expresso, Sábado, Diário Económico e revista Pública.

Na SIC, assina os programas Histórias Com Gente Dentro e O Meu Pequeno Mundo. Alguns dos seus trabalhos foram distinguidos com prémios de jornalismo em Portugal e no estrangeiro, incluindo o Prémio Gazeta de Televisão e o Prémio Direitos Humanos e Integração da UNESCO e do GMCS.

Publicou também o livro de investigação Angola, Terra Prometida e o romance Como Carne Em Pedra Quente.

 

Fonte: Lusa / AYM.