O livro reúne "pequenos testemunhos" sobre o vinho verde, mergulha na sua história, recordando-nos que as primeiras referências sobre ele datam do século I Antes de Cristo, passa pela Quinta da Aveleda, em Penafiel, destaca a conhecida marca Casal Garcia e realça as suas raízes populares.
Num dos capítulos pode ler-se, por exemplo, que "a influência inglesa no mercado português e vinhos não se resume ao vinho do Porto" como algumas pessoas presumem.
Ilídia Pinto escreve que há notícias da presença de "cônsules ingleses" em Viana do Castelo "a meio do século XVII", precedendo a sua instalação no Porto, tudo por causa do vinho oriundo de Monção e região envolvente.
A Aveleda, uma das grandes referências dos vinhos verdes, tem um capítulo próprio, tal como a sua marca Casal Garcia, "o primeiro grande sucesso da empresa nos mercados internacionais".
Lê-se em Histórias e Memórias do Vinho Verde que Eça de Queiroz era um "grande apreciador de vinho verde - depois do Vinho do Porto e do de Colares" - tinha "preferência pelos de Amarante e de Monção" e queixava-se quando não os tinha ao seu dispor.
O livro passa, também, por Tormes, lugar celebrizado pelo escritor na obra "A cidade e as Serras", vai até ao Palácio da Brejoeira, outro nome emblemático dos vinhos verdes, e aguarda um capítulo para as trocas e as canções populares sobre o vinho, começando pela canção "Vinho Verde", que Paulo Alexandre interpretou nos anos 70.
Ilídia Pinto disse à Agência Lusa que a pesquisa efetuada para o livro revelou-lhe "um vinho com uma história riquíssima".
A autora fez este livro para a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), cujo presidente, Manuel Pinheiro, disse à Lusa que o resultado final "não é uma história formal, mas sim um conjunto de experiências, vividas na primeira pessoa por cada um dos colaboradores".
Histórias e Memórias do Vinho Verde tem um preço de capa de seis euros e será posto à venda em "livrarias ainda não definidas", em garrafeiras, na CVRVV e em câmaras e postos municipais de turismo da região dos vinhos verdes.
Em simultâneo com o lançamento do livro, no Palácio da Bolsa, a Comissão apresentará a Academia do Vinho Verde, que Manuel Pinheiro afirma ser uma "novo projeto que vai congregar e, sobretudo, dinamizar a vocação da CVRVV como entidade formadora".
"O público-alvo são os produtores de Vinho Verde e será apresentado um plano de formação até Dezembro no que respeita à oferta formativa. Estamos a preparar um Wine Erasmus, que trará até nós estudantes de outros estados europeus e permitirá aos nossos ir buscar conhecimento lá fora", adiantou ainda à Lusa.
Fonte: Lusa / AYM.
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