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Douro: Empresário francês investe 10 milhões numa quinta em São João da Pesqueira
O grupo francês Roger Zannier apresenta no dia 14, em João da Pesqueira, um investimento de 10 milhões de euros numa quinta no Douro, aonde uma adega concilia os métodos tradicionais de produção de vinhos com sofisticados equipamentos.

O empresário Roger Zannier, proprietário do maior grupo mundial de roupa infantil, lançou-se há 20 anos na concretização de um arrojado projeto no Douro e comprou três quintas.

Na Quinta do Pessegueiro, instalada em Ervedosa, concelho de São João da Pesqueira, construiu uma casa e uma adega que, segundo um comunicado enviado hoje à comunicação social, vai contribuir "para reforçar a posição do Douro nos destinos nacionais e internacionais".

O objetivo do empresário, de acordo com o comunicado, é "produzir o melhor vinho português através dos métodos ancestrais de gravitação".

O primeiro passo do projeto foi replantar as propriedades. A empresa de arquitetura do Porto, a Oitoemponto, ficou encarregada de desenhar a casa e a adega e o enólogo João Nicolau de Almeida foi chamado para criar os vinhos.

Na adega, para os diferentes patamares da produção, vai ser utilizada unicamente a força da gravidade, dispensando qualquer sistema mecânico de bombagem.

A movimentação do vinho graviticamente, nas suas diferentes fases, permite um "tratamento delicado e requintado do mesmo".

A receção das uvas vai ser feita no piso zero e, depois de selecionadas manualmente numa mesa, estas cairão diretamente num desengaçador para depois serem esmagadas antes de entrarem nos depósitos de fermentação situados no piso inferior.

Aqui fica localizada a área de vinificação, composta por 17 depósitos de fermentação, mais três lagares de granitos, removidos da antiga casa da quinta.

Depois, o vinho vai cair diretamente para o piso menos dois, onde será armazenado em cubas de inox e barricas de madeira.

Com uma área de implantação de cerca de 850 metros quadrados, o edifício possui uma nave central com 20 metros de altura e tem como matéria nobre o betão.

Os arquitetos escolheram ainda dois materiais ligados ao vinho, como o vidro verde, que alude às garrafas, e o carvalho.

A casa principal da quinta, uma propriedade privada de apoio à estrutura de trabalho, dista cerca de três quilómetros da adega e funde-se na paisagem do Douro.

 

Fonte: Lusa / PLI