No topo de um edifício com vista para o rio Hudson e Nova Jérsia, 42 produtores
das principais regiões de Portugal, alguns a mostrarem novas colheitas num
mercado em que já estão representados e outros à procura de distribuidor,
submeteram-se à prova de perto de 250 profissionais do setor e 300 consumidores,
num momento de alta das exportações.
"Não conta só o que vendemos, conta a
imagem que criamos. Outros mercados são muito focados nas críticas feitas nas
revistas americanas" da especialidade, disse à Lusa Miguel Nora, responsável
pelo mercado norte-americano na ViniPortugal, agência que promove os vinhos
portugueses no exterior.
"Os peritos já conhecem os vinhos portugueses, e
gostam. Falta agora também chegar ao consumidor. O mais interessado conhece, mas
há uma grande margem de progressão", adiantou.
No primeiro trimestre,
referiu, as vendas aumentaram 2,1 por cento em valor, mas reduziram em
qualidade, o que mostra que os consumidores norte-americanos estão a apostar em
vinhos de preço mais elevado, quando os portugueses estão geralmente entre os
mais baratos.
Antes de Nova Iorque, os produtores portugueses passaram por
São Francisco, na Califórnia, e seguem para um evento de promoção em Miami, no
Estado da Flórida.
A ViniPortugal vai investir este ano 2,5 milhões de euros
em ações de promoção no mercado norte-americano, cerca de 36 por cento do seu
orçamento, com eventos específicos para produtores que ainda não tenham
distribuição e contacto direto com o consumidor.
A generalidade dos atores
reconhece um défice de notoriedade dos vinhos portugueses junto do consumidor,
mas para Rui Boavista Marques, delegado do AICEP em Nova Iorque, esta é também
uma oportunidade junto do consumidor.
"A enorme diversidade de castas que
existe em Portugal, não sendo ainda conhecida nos Estados Unidos, é evidente que
traz dificuldades acrescidas, mas traz um entusiasmo por conhecer um vinho
diferente, uma casta diferente", disse à Lusa.
À procura de distribuidor na
Costa Leste está a empresa vinícola alentejana Herdade de Grous, que produz
vinhos para segmentos mais elevados num "mercado difícil para os vinhos
portugueses, ainda associados um bocadinho aos preços mais baixos", diz o
enólogo Pedro Ribeiro
"Nos últimos anos houve uma revolução na qualidade dos
vinhos em Portugal, com novos enólogos, novas vertentes em enologia, pessoas que
voltaram a Portugal para fazer grandes vinhos e Portugal tem vinhos de grande
qualidade", afirma.
"Ainda talvez não tenham a projeção dos vinhos de
Espanha, Itália, França mas é o caminho natural para os vinhos portugueses
começarem a mostrar-se como vinhos de qualidade", adiantou o jovem
enólogo.
Fortemente implantada no mercado está a Esporão, cujo diretor para o
mercado norte-americano, Pedro Lopes Vieira, afirma ter tido uma "recetividade
brilhante" aos seus vinhos com castas indígenas do Alentejo e Douro, com "preços
muito atrativos para o mercado".
"Temos de estar mais presentes, ter mais
produtores. Este evento é uma monta de Portugal e do setor do vinho, uma
oportunidade para explicar ao publico que temos força, não somos dois ou três,
temos um grupo de produtores muito interessante a produzir grandes vinhos e
preparados a ser exportados", adiantou à Lusa.
Fonte: Lusa / PDF
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