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Economia: Dois parceiros portugueses integram projeto transfronteiriço de 1,8 ME candidatado a fundos comunitários
A Câmara de Reguengos de Monsaraz e a Associação de Municípios Portugueses do Vinho integram um projeto transfronteiriço, candidatado a fundos comunitários e com 1,8 milhões de euros de investimento, para promover a atividade económica e o emprego.

A iniciativa, recentemente candidatada ao Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP), reúne um total de 10 parceiros, oito da região da Estremadura espanhola, entre autarquias, fundações e associações, e dois de Portugal.

O projeto "Fénix Raízes - Rede Transfronteiriça de Espaços Aceleradores Inovadores do Crescimento Empresarial e Social centrados nas pessoas" prevê mais de 1,8 milhões de euros em investimentos culturais e turísticos.

Entre os parceiros, "há alguns projetos muito diferentes uns dos outros, mas o fator de união de todas as ações é a promoção das economias locais", disse hoje à Agência Lusa o autarca de Reguengos de Monsaraz, José Calixto.

"O que se pretende é dinamizar determinados setores da economia local, com tecnologias da informação e da comunicação e com fatores de competitividade empresarial e de marketing que aumentem a competitividade", disse.

Do lado de Reguengos de Monsaraz, a autarquia inseriu neste projeto transfronteiriço a Festa Ibérica da Olaria e do Barro, iniciativa que já é realizada - alternadamente no concelho, em S. Pedro do Corval, e em Espanha - e que, no próximo ano, tem lugar no município.

"A organização espanhola teve muitas dificuldades financeiras para a realizar, este ano. Como a próxima edição é em S. Pedro do Corval, candidatámos a Festa Ibérica da Olaria e do Barro para encontrar alguns apoios que nos deem fôlego na organização do evento", afirmou.

Caso o projeto transfronteiriço seja aprovado, a festa poderá obter um cofinanciamento de 75 por cento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) para um investimento total de 100 mil euros, precisou o município.

"Queremos também, além da festa, que fique alguma coisa para o futuro e, por isso, pretendemos aplicar algum do valor que esperamos nos seja concedido no avanço do 'embrião' do Centro Interpretativo da Olaria", avançou o autarca.

A câmara, reconheceu José Calixto, tem "tido dificuldades em implementar" esse projeto em S. Pedro do Corval, considerado o maior centro oleiro do país, com "mais de duas dezenas de olarias ainda a funcionar".

"Mas, nem que comece a funcionar num espaço alugado, que é o mais certo, queremos concretizar este centro, com um pequeno museu sobre a história da olaria e outro espaço mais atual em que os mais jovens possam aprender com os nossos oleiros", frisou.

 

Fonte: Lusa / RRL.