Henrique Soares, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) explica que "os bons resultados registados surgem dum trabalho excelente desenvolvido na área da exportação".

As exportações para os mercados angolano, brasileiro e canadiano são frisadas por Henrique Soares, fazendo alusão para uma melhor recetividade que os vinhos da região estão a ter no estrangeiro e em novos destinos. Sem querer adiantar os produtores que mais contribuíram para o crescimento da atividade económica no primeiro semestre de 2012, o presidente da CVRPS prevê uma maior quantidade produzida em 2012 "sem afetar porém a qualidade que se tem verificado ao longo dos últimos anos".

"As caraterísticas das uvas que vão representar a colheita deste ano estão a denotar uma excelente qualidade sanitária", afirma Henrique Soares, acrescentando que 2012 pode vir a afastar o problema de pragas que afetaram as colheitas dos anos transatos. O aumento das taxas alfandegárias no Brasil pode significar maus resultados para o futuro dos produtores da região, mas a CVRPS admite estar a seguir atentamente o processo e guarda boas perspetivas para que se encontre uma solução que beneficie os produtores.

"A criação de mais barreiras à exportação, a renegociação de quotas de mercado ou o aumento de impostos vai causar impactos negativos para os produtores de vinho", prossegue Henrique Soares, temendo ainda pela perda de força da competitividade da economia vinícola no estrangeiro. "Por todos os indícios mais recentes no processo, prevê-se um desenlace positivo", entende o presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal que, em conjunto com a Associação de comissões vitivinícolas portuguesas, o Instituto da Vinha e do Vinho e o Governo, está a seguir o processo.

Fonte: Setúbal na Rede / Rogério Matos