O dirigente revela que as quebras de produção, provocadas pelas condições
atmosféricas no período de floração, podem chegar aos 30 por cento em algumas
adegas, o que levará ao aumento dos valores a pagar pelas uvas aos
produtores.
O presidente daquela cooperativa, a maior do Vale do Sousa,
admite que os preços ao produtor possam subir entre 10 e 20 por cento.
"Pode
haver especulação no preço das uvas, com os preços a prejudicar mercados que
demoraram tantos anos a conquistar", explicou à Agência Lusa.
Casimiro Alves
recorda que as reservas de vinho verde são, em média, baixas na região, uma
situação que poderá agravar a situação.
O facto de as vindimas estarem
atrasadas não permite ao setor avançar com elementos mais exatos sobre as
perdas, mas já é possível, segundo o dirigente, garantir que a qualidade geral
do vinho será boa.
Todos os anos, cerca de 800 produtores da região confiam
as suas uvas à Cooperativa de Agrícola de Felgueiras, que recebe entre sete e
oito milhões de quilos.
Em Penafiel, as vindimas da campanha de 2012 na
Quinta da Aveleda, maior exportadora nacional de vinho verde, também estão
atrasadas e deverão expressar uma diminuição da produção de 15 por cento,
segundo a administração.
António Guedes, administrador e enólogo, garante que
este é "um ano normal" em termos de produção, com ligeiras quebras face a 2011,
que foi um ano atípico.
As vindimas nos 180 hectares de produção de vinho
verde estão ainda numa fase inicial e atrasadas cerca de três semanas, o que se
deveu a uma rebentação e a uma floração mais tardias do que é habitual e a um
verão fresco.
No entanto, o calor dos últimos dias obrigou a empresa a
avançar rapidamente com as vindimas nas zonas mais quentes, sobretudo na
exploração que tem em Celorico de Basto, numa área de 40 hectares.
Apesar
disso, a empresa aponta para uma produção global que se aproxime de 15 milhões
de quilos de uva.
"Acreditamos que vamos ter vinhos brancos muito aromáticos,
frescos e com uma acidez ligeiramente mais alta do que no ano passado",
explicou, revelando que, à partida, estão reunidas as condições para um bom ano
de produção.
António Guedes garante ainda estarem reunidas as condições para
a produção de vinho alvarinho de qualidade, quer nos 15,5 hectares de Celorico
de Basto, quer nos 25 da Aveleda.
A Quinta da Aveleda tem cerca de 180
hectares de vinha própria, mas essa área apenas consegue produzir 15 por cento
das necessidades da empresa. O restante é adquirido a dezenas de explorações
vitícolas da região.
O processo de receção de uva na unidade industrial da
empresa vai decorrer até meados de outubro.
Fonte: Lusa / APM.
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