"Estes dados estão, fundamentalmente, em linha com as nossas previsões", disse à Agência Lusa o presidente da Comissão, Manuel Pinheiro.
A entidade refere que as exportações estão a crescer, sem interrupções, há uma década, e 2012 mantém a mesma trajetória, podendo ser "o melhor ano de sempre neste capítulo".
Dados obtidos pela Agência Lusa junto da Comissão indicam, também, que a faturação acumulada até junho supera os "22 milhões de euros", receita obtida com a venda de 9,3 milhões de litros de vinhos verdes para fora do país, o que representa mais um milhão de litros do que no primeiro semestre do ano passado.
Em 2011, foram vendidos para o exterior 15 milhões de litros para 83 países, o que representou "36,6 milhões de euros"
Nos primeiros seis meses de 2012, os EUA consolidaram a sua posição de "maior consumidor de vinho verde, com um ligeiro aumento do preço médio e um aumento do negócio acima dos 15 por cento, valendo já 22,5 por cento da faturação no estrangeiro".
Nos Estados Unidos, o crescimento verificado na última década (2001-2011) foi de 263 por cento.
O Canadá é outro mercado em que o vinho verde ganhou terreno entre os consumidores, tendo as exportações para este país subido 19 por cento no primeiro semestre deste ano, por comparação com o período homólogo anterior.
Na Europa comunitária, os resultados são menos exuberantes: a Alemanha, segundo maior mercado externo, cresceu três por cento e a França teve nota "negativa", com um recuo de quase oito por cento.
Na Suíça, contudo, a venda de vinho verde cresceu "na casa dos 25 por cento".
"O Japão está a correr bem", visto que as vendas para este país subiram mais de 115 por cento de 2011 para este ano.
Trata-se ainda de "um mercado pequeno" e o mérito é de "mais produtores que conseguiram arranjar lá um importador" para os seus vinhos, realça Manuel Pinheiro.
Se esta tendência exportadora permanecer durante o segundo semestre, a Comissão estima que as exportações de vinhos verdes representem, pela primeira vez, "35 por cento do volume total de negócio".
Em 10 anos, entre 2001 e 2011, as exportações cresceram, "em valor, 100 por cento e, em volume, 110 por cento", realça a mesma organização.
"Estamos a exportar para economias que crescem. O grande perigo é se a economia mundial arrefece", destaca também Manuel Pinheiro.
A Comissão tenciona "fazer alguns investimentos em Angola, um país que está crescer", realizando ali "uma campanha de publicidade".
"Em contrapartida, o mercado nacional regional teve uma ligeira contração, na ordem dos quatro por cento", informou a mesma entidade.
Manuel Pinheiro afirmou à Lusa que "não se pode esperar nada do mercado nacional nos próximos anos, pois o cliente português está muito sensível ao preço".
Outra questão é a do preço médio do vinho verde vendido fora do país, que "não sobe", mantendo-se nos 2,2 euros por litros há alguns anos.
"Há uma concorrência mundial muito forte", argumenta o mesmo responsável, acrescentando que "a qualidade melhorou, mas isso não se traduziu numa melhoria do preço".
Fonte: Lusa / AYM.
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