"As chuvas e as temperaturas baixas" prejudicaram tanto a floração como a fecundação, explicou o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), na sua mais recente previsão de colheita.
O presidente da Comissão dos Vinhos Verdes, Manuel Pinheiro, admitiu à agência Lusa que o efeito possível dessa menor produção é que o preço pode "encarecer um tudo-nada".
As previsões do IVV apontam também para uma queda de dez por cento na produção do Bairrada e do Dão, de "três a cinco por cento" no Alentejo e de 15 por cento no Algarve, por comparação com a do ano passado.
Na Bairrada, o presidente da respetiva Comissão Vitivinícola, José Pedro Soares, prevê, contudo, que a qualidade do vinho atingirá um "padrão médio alto", podendo aproximar-se do de 2011, que "foi um ano de excelência".
Também aqui, como no Dão, a vinha ressentiu-se de "condições climatéricas adversas"
Ainda assim, o IVV prevê que a produção de vinho na campanha deste ano atinja um volume de quase seis milhões de hectolitros, "o que se traduz num aumento de quatro a cinco por cento" face à campanha anterior.
Salvo nas regiões referidas anteriormente, "espera-se um aumento da produção na maioria das regiões vitivinícolas do continente.
O instituto espera um aumento de 20 por cento na produção de Trás-os-Montes e de "cinco por cento" no Douro, um valor muito aquém dos 20 por cento que foram previstos no final de junho.
As razões invocadas para essa revisão em baixa na região duriense são "a seca, o granizo e o desavinho" ou maturação imperfeita dos cachos.
Na Beira Interior e Távora-Varosa, o IVV espera um aumento de 10 por cento na produção.
As perspetivas para as regiões do Tejo, Península de Setúbal e Lisboa, "são de um ano normal, o que se traduz em "acréscimos entre 20 a 25 por cento comparativamente ao ano passado.
Ao contrário do que se verificou no ano passado, nas três regiões não há notícia de doenças ou pragas significativas.
No Alentejo, a menor produção poderá ser compensada por uma "boa" qualidade geral das uvas.
O Algarve ressentiu-se da "fraca pluviosidade no inverno e na primavera" e tudo indica que vai ter "o menor volume de produção de vinho das últimas campanhas", mas de "boa qualidade".
Nas Regiões Autónomas, a Madeira espera um crescimento na ordem dos 24 por cento, ao passo que nos Açores estão previstas "quebras muito elevadas, especialmente nas ilhas do Pico e São Jorge", devido a condições sanitárias negativas.
Fonte: Lusa / AYM.
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