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Douro: IVDP fiscaliza toda a vindima, desde o corte das uvas, transporte, aos centros de venificação
Nove fiscais do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) percorrem cerca de 40 mil quilómetros em cinco semanas para fiscalizarem toda a vindima, desde o corte das uvas, transporte e entrada nos centros de vinificação.

Por estes dias, o Douro está em plena vindima. Ao IVDP cabe garantir a genuinidade das denominações de origem da região demarcada. Para o efeito, durante cinco semanas, as equipas de fiscalização percorrem todo este território e concelhos limítrofes, fazendo em média, por vindima, cerca de 40 mil quilómetros.

Durante uma ação de fiscalização que decorreu esta tarde, Alfredo Silva, diretor dos Serviços Técnicos do Douro, explicou que a ação do IVDP se centra na vinha, na estrada e nos centros de vinificação.

Num cruzamento entre o Pinhão (Alijó) e São João da Pesqueira, os fiscais, numa operação conjunta com a GNR, mandaram parar os veículos de transporte de uvas e as cisternas carregadas de mosto.

A todos os condutores foi pedido o cartão de transporte de uvas, obrigatório por lei. Em 20 viaturas, apenas um condutor não levava este cartão, o que deu origem um processo contraordenacional.

Depois, um pouco mais à frente, na Quinta de Roeda, no Pinhão, foi verificado o cumprimento das normas no centro de vinificação. Todos estes centros têm que preencher uma aplicação informática onde é registado o nome do viticultor, da matrícula do veículo, freguesia de origem, hora e cor das uvas.

 Os dados têm de ser submetidos ao IVDP num espaço de 48 horas.

José Duarte repetiu hoje algumas viagens da Régua ao Pinhão, para ali deixar as uvas e vê com bons olhos estas ações de fiscalização. "Deviam fazer mais porque há pessoas que aproveitam para trazer uvas de fora da região", salientou.

Alfredo Silva referiu que o último caso de apreensão de uvas remonta a 2009.

"Temos detetado muito menos ilegalidades e apenas algumas irregularidades pontuais de falta de cartão de transporte de uvas", acrescentou.

Referiu ainda que o Douro tem, neste momento, produção de uvas para as necessidades, quer de Porto quer de Douro.

O enólogo da Quinta da Roeda, Manuel Aranha, referiu que este centro recebe uvas do Baixo e Cima Corgo e garantiu que "há um rigoroso controlo" de todas elas e de todo o processo de vinificação. "Estamos sempre agradados que haja uma fiscalização para bem do vinho do Porto e da região", frisou.

Por fim, na vinha é apenas confirmado o corte de uvas, se já começou ou está a decorrer.

Existem no Douro 700 centros de vinificação, que produzem 99 por cento dos vinhos do Douro e Porto de todo este território.

O restante um por cento é produzido em cerca de mil pequenas unidades familiares.

Apesar das previsões iniciais apontarem para um aumento de vinho no Douro, nesta vindima deverão ser produzidas cerca de 215 mil pipas, valores semelhantes aos do ano passado.

O benefício, quantidade de mosto que cada viticultor pode destinar ao vinho do Porto, fixado para esta vindima é de cerca de 96.500 pipas, ou seja 45 por cento da produção estimada.

Pelos 250 mil hectares da Região Demarcada do Douro espalham-se cerca de 32.500 viticultores.

 

Fonte: Lusa / PLI.