A organização considera esta acção um ponto necessário para garantir o equilíbrio de mercado de matérias-primas agrícolas, segundo declarou na reunião de alto nível com o novo presidente em exercício, Sofoclis, o ministro da Agricultura do Chipre, um alerta anunciado antes das propostas da Comissão Europeia (CE) sobre a revisão das zonas desfavorecidas.
Esta iniciativa integra-se nos debates dos ministros acerca das propostas da CE sobre o futuro da política agricola comum (PAC), em Bruxelas. O secretário-geral do Copa-Cogeca insistiu que «os agricultores têm pela frente cada vez mais desafios e estão a ser muito afectados pelos elevados custos de produção».
Pekka Pesonen disse que «é prioritário que as medidas de gestão de mercado permitam aos produtores fazer frente com os períodos de baixos preços e/ou de rápido aumento dos custos. O Copa-Cogeca pede que as propostas da Comissão contemplem o reforço e a actualização das redes de segurança e as medidas de gestão. Por exemplo, deve actualizar-se o preço de intervenção da manteiga e do leite desnatado em pó na União Europeia (UE), assim como o preço de referência da activação do armazenamento privado de azeite, para ter em conta os crescentes custos de produção que recaem sob os agricultores».
Pesonen disse que «os mercados da UE estão cada vez mais ligados ao mercado mundial em vez dos períodos de produção da União. Por conseguinte, o Copa-Cogeca pede uma ampliação do período de intervenção do leite para todo o ano e em relação à ajuda ao armazenamento privado, que inclua todos os produtos, como o queijo, o cânhamo e forragens secas. No sector do vinho, devem manter-se os direitos de plantação para assegurar o equilíbrio do mercado vitivinícola», uma opinião que conta com o apoio de 15 Estados-membros e dos eurodeputados.
O responsável partilha também a preocupação dos ministros quanto à difícil situação do mercado lácteo em muitos países membros e pede que se tomem medidas. Os planos de Bruxelas, que visam impor um limite à utilização de biocombustiveis procedentes de culturas colocam também em risco a produção de proteaginosas para rações na UE.
Esta situação deve-se ao facto de apenas uma parte das culturas de oleaginosas, cereais e beterraba usados para a produção de biocombustiveis acaba por converter-se em energia. A maioria permanece no sector das rações, e os subprodutos ricos em proteínas procedentes da produção de biocombustiveis contribuem para reduzir a grande dependência da UE das importações de rações.
Pekka Pesonen prosseguiu expressando a sua inquietude pela revisão das zonas desfavorecidas, mediante a qual muitas já reconhecidas previamente podem vir a perder o seu estatuto a favor de outras. «Esperamos que os ministros e os eurodeputados cheguem a um acordo quanto à delimitação das zonas desfavorecidas, que deveria ser compreensível e ter em conta as reais dificuldades da gestão do território», declarou o mesmo.
A organização, contudo, está satisfeita com diversos aspectos das propostas da CE sobre a política de desenvolvimento rural no quadro da futura PAC, mas pede uma nova medida especifica que favoreça o crescimento "verde"m ao serviço tanto do meio ambiente como para melhorar a produtividade.
Na passada sexta-feira, dia 21 de Setembro, o Copa-Cogeca aprovou uma nova tomada de posição a este respeito, na qual estão identificadas medidas detalhadas que podem garantir o crescimento " verde" no futuro, ou seja, medidas que beneficiem o ambiente e ao mesmo tempo mantenham a capacidade produtiva, a eficiência e o emprego. Na opinião da organização, a proposta da Comissão não será capaz de atingir estes fins.
Fonte: Confagri / Copa-Cogeca
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