Miguel Palma, diretor comercial da Herdade da Comporta, no concelho de Alcácer do Sal, explicou hoje à agência Lusa que a proximidade com o oceano Atlântico é "a grande diferença" entre os vinhos produzidos no litoral e os que são feitos no interior do Alentejo.
Nas zonas de Beja e Évora, as vindimas terminam no final de agosto, devido aos "calores mais fortes", enquanto no litoral esta fase se prolonga até à terceira semana de setembro, garantindo vinhos com "boa acidez" e "bastante frescos", realçou o gestor, que é também o porta-voz dos produtores vitivinícolas.
Miguel Palma referiu que "a maioria" dos produtores desta região são "desconhecidos", não só porque se trata de "projetos recentes", mas também porque são de "pequena dimensão".
Os produtores sentiram necessidade de se "organizar" para "falar nos vinhos produzidos no litoral" e "promover" a região, realizando-se, na sexta-feira, o primeiro encontro do setor, na Herdade das Barradas da Serra, em Grândola, disse o porta-voz.
A iniciativa, promovida pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo Litoral e pela Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano, junta dez produtores de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira e Santiago do Cacém, que irão divulgar os seus produtos junto de profissionais da hotelaria, da restauração, do comércio e da comunicação social.
Miguel Palma afirmou que a Herdade da Comporta tem "expectativas grandes" para este encontro e manifestou-se convencido de que "as pessoas vão ter algumas surpresas relativamente àquilo que vão encontrar".
Para José Eduardo, relações públicas das Cortes de Cima, adega instalada na Vidigueira mas com vinhas na zona de Vila Nova de Milfontes (Odemira), o evento de sexta-feira servirá para "estender a marca" para a costa alentejana.
O responsável vincou que o encontro tem também o objetivo de "potenciar" a região, que considera "ostracizada", e demonstrar que "há potencial para muito mais em termos de turismo", além das praias.
O presidente Entidade Regional de Turismo do Alentejo Litoral, Carlos Beato, considerou que o vinho "ainda não tem um papel muito relevante na economia" da região, realidade que pretende ver alterada.
Carlos Beato realçou que "tornar os vinhos conhecidos é um bom objetivo", mas que os "responsáveis turísticos" e o "próprio território" também beneficiam com esta divulgação.
Fonte: Lusa / PYS // MLM.
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