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Campo Pequeno em versão Mercado de Vinhos para promover produtores portugueses
Recriar o espírito dos antigos mercados portugueses num cenário cercado de vinho por todos os lados, apoiando os pequenos produtores. É a promessa do Mercado de Vinhos do Campo Pequeno, Lisboa, de 1 a 4 de Novembro, com entrada gratuita. Há verdadeiras pérolas portuguesas do vinho (e não só).

"Seleccionámos alguns dos melhores vinhos de Portugal, que têm em comum o facto de serem produzidos por pequenos produtores de grande qualidade, que não estejam nas grandes superfícies, e de todas as regiões do país", informa a organização prometendo um Mercado de Vinhos em que não faltarão degustações, apresentações, workshops, uma exposição de fotografia histórica e, claro, venda directa ao público.

Na arena do Campo Pequeno (Lisboa), de 1 a 4 de Novembro, - em piso alcatifado e espaço coberto, refira-se - também não faltarão produtos tradicionais portugueses: "fizemos uma selecção muito criteriosa de alguns dos nossos melhores produtos, como os queijos D.O.P. da Serra, Azeitão, Beira Baixa e Serpa, os enchidos do Alentejo e Trás-os-Montes, os presuntos de Barrancos, o pão biológico da ‘Miolo', os chocolates da ‘Denegro', azeites, compotas e chutneys". À venda, estarão também acessórios e livros temáticos da Colares Editora.

No local, estará ainda uma exposição de fotografia montada pelo Instituto da Vinha e do Vinho: "País Vinícola", em homenagem ao Professor Cincinnato da Costa. Retrata o vinho no século XX em Portugal, com fotografias de alguns dos melhores fotógrafos portugueses da época, como Joshua Benoliel e Alvão. Estará também exposta "alguma maquinaria rara, rigorosamente preservada", casos de um filtro e um esmagador desengaçador do século XIX, bombas de trânsfega e uma miniatura de Lagar e Adega construídos pelos funcionários da extinta Junta Nacional do Vinho e "que reproduz na perfeição uma adega tradicional".

Segundo a organização, o evento pretende contribuir para a "divulgação, estímulo e sustentabilidade de micro actividades produtivas nacionais, que pela sua reduzida dimensão e apesar de toda a sua qualidade, tem muitas vezes enormes dificuldades em vingar". O objectivo passa também por sensibilizar para a "aquisição de produtos portugueses", "contribuindo" para o "fortalecimento da economia portuguesa".

Ainda em destaque, a aposta num futuro em que os produtores poderão valorizar-se, incluindo internacionalmente, optando pelo associativismo: no local,  "três dos melhores e mais recentes agrupamentos de produtores" vão apresentar os seus projectos -  Local Handcrafted Wines of Portugal (dia 1), Secret Wines of Portugal (dia 2) e Young Winemakers of Portugal (dia 3). Em cada dia, há um jantar de vinho sob o mote de cada um destes grupos de produtores no restaurante Rubro (30€ por pessoa).

As "estrelas" dos vinhos

A organização destaca alguns dos vinhos que marcarão presença na arena do Campo Pequeno:  

Nos Vinhos Verdes: "a Casa de Paços (melhor Alvarinho para a revista Wine Passion) ou a Casa da Senra, um dos loureiros de referência"

Do Douro, "uma embaixada com vinhos como a Quinta do Couquinho e a Quinta de São José do enólogo João Brito e Cunha, ou, ainda, novos projectos como o vinho "Sílica" do Raul Riba D'Ave (um grande vinho sem madeira) ou os vinhos D'Eça, Complexus e Quinta da Pôpa".

Das Beiras, Dão e Bairrada, " um exército de quintas", como a Quinta da Fata, a Quinta da Bica e a Quinta da Boavista (com o seu Terras de Tavares), juntando-se " alguns recentes e bons projectos" como o Fonte de Gonçalvinhos, o Raya ou a Magnum Wines do enólogo Carlos Lucas.

De Lisboa e do Tejo "vêm clássicos como a Quinta dos Plátanos, de Alenquer, ou a Quinta do Casal Branco, do Ribatejo; valores seguros como a Quinta da Chocapalha e a Companhia das Lezírias e novidades promissoras como o Casal D'Além (um óptimo arinto de Bucelas) ou a Quinta de São Sebastião, na Merceana".

Da Península de Setúbal, "uma comitiva especial", até porque Palmela é este ano a "Cidade Capital Europeia do Vinho" - é representada pelos Moscatéis de Setúbal da Casa Horácio Simões e Xavier Santana e pelos vinhos Damasceno, Assis Lobo ou o novo "Brejinho da Costa".

Do Alentejo, "vêm produtores conceituados como o Monte da Penha de Francisco Fino, os vinhos Lima Mayer, os Fita Preta (famosos pelo seu "Sexy" e "Preta") e a Fundação Abreu Callado, juntamente com os novos vinhos Joaquim Arnaud e a Herdade da Maroteira".

E ainda: Quinta do Barranco Longo, "provavelmente o melhor vinho do Algarve", os vinhos dos Açores, os vinhos do Porto da Casa Vieira de Sousa - a vinha mais ocidental da Europa com os vinhos da Nossa Senhora da Adraga -, os Vinhos Históricos do Pico e Colares, os melhores vinhos biológicos portugueses com a Casa de Mouraz, "os tão famosos quanto raros vinhos de Carcavelos" ou mesmo o "primeiro vinho tinto sem álcool português", obra da Herdade da Madeira Velha (Alentejo).

Infos
Arena do Campo Pequeno. De 1 a 4 de Novembro, das 11h às 21. Entrada Gratuita. www.campopequeno.com

 

 

Fonte: Público / Fugas