Em tempos de crise, a entrada livre convida os interessados a conhecerem vinhos
que não se encontram facilmente nas grandes superfícies de distribuição e que
primam pela qualidade e inovação.
"Selecionámos aqueles que entendemos que
são dos melhores que existem em Portugal, para que os portugueses não só se
habituem a comprar coisas portuguesas, mas que tenham acesso a produtos que não
se encontram nos supermercados", realçou Filipe Frazão.
Do lado dos
expositores, a iniciativa é elogiada porque, além de dar alguma projeção a
marcas menos conhecidas do público, permite fazer negócio.
"Para nós é
importante participar, até porque somos uma firma recente, com apenas dois anos,
e o que interessa é dar a conhecer, e a provar, os nossos vinhos", frisou Rui
Pedro, da Herdade da Madeira Velha, em Évoramonte, que tem como ponto de
diferenciação o primeiro vinho tinto sem álcool do mercado português.
"É uma
inovação e acredito que é um segmento que pode vir a crescer", considerou,
explicando que, em Portugal, já havia um vinho branco e um rosé sem álcool, mas
ainda não existia um tinto sem álcool.
Já Thomaz de Lima Mayer, da Quinta de
São Sebastião, em Monforte, mostrou com orgulho o seu vinho de marca Subsídio,
brincando com a difícil conjuntura económica do país.
"Tem que se encontrar
um nome que as pessoas não se esqueçam. Acho que o Subsídio, numa altura destas,
é um nome que as pessoas se lembram. Até no rótulo brincamos com o nome, dizendo
que este Subsídio não vem de Bruxelas. É genuíno e vem do Alentejo",
assinalou.
Brincadeiras à parte, o engenheiro admitiu que a situação do país
é preocupante e tem levado a uma queda da procura interna, pelo que a exportação
para países como Angola, Brasil e China "tem resolvido os problemas", havendo
"uma grande recetividade" pelos vinhos portugueses.
No 'stand' da Quinta da
Bica (Seia), Madalena Sacadura Botte é a representante de um negócio familiar
com muitos séculos, que tem como curiosidade ser comandado só por
mulheres.
"Estamos com muito sucesso, quer a nível nacional, quer em termos
internacionais, com as exportações para os Estados Unidos, Polónia ou Suíça a
representarem já 70% da produção", salientou a responsável comercial de uma
quinta que está desde o ano de 1650 na mesma família.
E se, como se costuma
dizer, o vinho alimenta a alma, a verdade é que o corpo também precisa de
alimento, pelo que neste mercado também se encontram alguns produtores de
queijos e enchidos, e mesmo chocolates e doces variados, ideais para
acompanharem a degustação de um copo de vinho.
"Trouxemos o fumeiro de
Mirandela, mel de Pedras Salgadas, queijos de Vila Verde de Braga e licores de
Soutelo do Douro", revelou Ricardo Garcia, cuja banca estava particularmente
concorrida.
"Neste tipo de certames é muito mais fácil divulgar os nossos
produtos e, ao mesmo tempo, vender. E ganhamos outro tipo de clientes, enquanto
nas grandes superfícies não há um contacto tão próximo com os clientes, logo,
não os estamos a fidelizar", argumentou.
Fonte: Lusa / DN. // PMC
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