As ações de fiscalização e controlo do instituto público intensificam-se durante a época de vindima. Este ano, e durante 33 dias consecutivos, entre 10 de setembro e 12 de outubro, nove fiscais percorreram 31.188 quilómetros na Região Demarcada do Douro (RDD) e áreas limítrofes.
O presidente do organismo, Manuel de Novaes Cabral, disse à agência Lusa que o objetivo é mostrar que o IVDP está no terreno e garantir a genuinidade das denominações de origem Douro e Porto, ou seja, garantir que estes vinhos são feitos com uvas provenientes exclusivamente da região demarcada.
O controlo foi feito em todas as fases da vindima, desde o corte das uvas ao transporte e nos centros de vinificação.
Em quatro carros descaracterizados, os fiscais percorreram o território e controlaram 224 centros de vinificação e 159 viaturas.
Segundo Manuel Cabral, durante este período foi feita uma apreensão de uvas, porque o transporte estava a ser feito sem os devidos documentos. A todos os condutores é pedido o cartão de transporte de uvas, obrigatório por lei.
Foi ainda feita uma apreensão de vinho, numa ação que resultou de uma denúncia de que, numa feira da região, estava à venda vinho do Porto caseiro.
"Não há vinho do Porto caseiro. O único vinho do Porto é aquele que é certificado pelo IVDP", explicou o responsável.
No balanço da operação deste ano, contabilizam-se ainda 13 relatórios de vigilância e nove autos de notícia, devido à falta de documentos e questões administrativas.
Alfredo Silva, diretor dos Serviços Técnicos do Douro, referiu que nos últimos 15 anos se tem vindo a criar uma imagem de controlo na região do Douro. Em resultado, o número de ilegalidades e irregularidades tem vindo a diminuir.
Na preparação desta operação, foram efetuadas reuniões com as regiões vitícolas dos vinhos Verdes e do Dão, com a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e a Autoridade Tributária e Aduaneira. A fiscalização da vindima contou ainda com a colaboração da GNR.
Paralelamente, o IVDP prosseguiu com a sua atividade normal e, segundo o presidente, neste mesmo período o instituto levantou 86 autos diversos, dos quais 21 foram relativos a controlos qualitativos de aguardente e 16 fiscalizações da denominação de origem.
No Douro existem 700 centros de vinificação que produzem 99% dos vinhos do Douro e Porto de todo este território. O restante 1% é produzido em cerca de mil pequenas unidades familiares.
Apesar das previsões iniciais apontarem para um aumento da produção no Douro, Manuel Cabral disse ter a perceção de que este ano "há efetivamente menos vinho", mas "de qualidade".
As declarações de vindima vão ser entregues até ao dia 15 de novembro.
O benefício, quantidade de mosto que cada viticultor pode transformar em vinho do Porto, fixado para esta vindima foi de 96.500 pipas.
Fonte: Lusa / PLI // ROC.
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